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Os exportadores brasileiros de café acumularam prejuízo de R$ 5,9 milhões em agosto devido a gargalos na logística e à falta de infraestrutura nos portos. O levantamento do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) mostra que 624,7 mil sacas — o equivalente a 1.893 contêineres — deixaram de ser embarcadas no mês.
Com isso, o país deixou de receber US$ 221,28 milhões (R$ 1,2 bilhão) em receita cambial, considerando o preço médio de US$ 354,18 por saca e o câmbio de R$ 5,44.
Segundo o diretor técnico do Cecafé, Eduardo Heron, a situação tende a piorar se não houver investimentos urgentes em infraestrutura portuária. “Os portos estão sobrecarregados e o agronegócio cresce mais rápido do que a capacidade de embarque. Sem ampliação de pátios e berços, continuaremos enfrentando atrasos e prejuízos”, alertou.
Heron criticou também a morosidade no leilão do Tecon Santos 10, travado por restrições da Antaq, o que, segundo ele, deve atrasar a ampliação do Porto de Santos e gerar novos prejuízos.
O Cecafé vem articulando com o governo e entidades do setor propostas para modernizar a logística portuária. Em setembro, a entidade participou de reunião com o deputado Arthur Maia, relator do PL 733/2025, que propõe um novo marco regulatório para o sistema portuário.
O conselho defende maior transparência nas tarifas, indicadores logísticos claros e integração dos portos com rodovias, ferrovias e hidrovias para garantir eficiência e reduzir custos.
Em agosto, metade dos navios (50%) tiveram atrasos ou mudanças de escala nos principais portos do país, segundo boletim da ElloX Digital. O Porto de Santos, responsável por 80% das exportações de café, registrou 67% de atrasos, com espera de até 47 dias. No Rio de Janeiro, 38% das embarcações também enfrentaram atrasos, chegando a 36 dias.
Para o Cecafé, sem investimentos e gestão eficiente, o Brasil corre o risco de perder competitividade no comércio internacional, mesmo sendo o maior exportador mundial de café.





