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Brasil

Desmonte no BB prejudica agricultura familiar

"Brasil segue na ação de desmonte de instrumento com função social e políticas pública que fortalecem a agricultura familiar "

por Contraf Brasil

em 19/01/2021 às 16h12

2 min de leitura

Desmonte no BB prejudica agricultura familiar

O anúncio de fechamento do Banco do Brasil, feito na segunda-feira (11), pelo ministro Paulo Guedes “obviamente faz parte de uma estratégia do governo de privatização de mais esse instrumento que ao longo dos anos foi importantíssimo para operacionalização e expansão do crédito rural para os agricultores familiares em todo o território brasileiro ”, avaliou Marcos Rochinski, coordenador Geral da Contraf-Brasil.

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A entidade repudia a ação que irá demitir até 5 de fevereiro deste ano, cinco mil trabalhadores e trabalhadoras, por meio de um Plano de Demissão Voluntária (PDV). Além disso, 112 agências serão fechadas e mais, 242 postos de atendimento (PA) e sete escritórios, num total de 361 unidades
(ainda não foi anunciado os locais). O comunicado foi feito ao mercado financeiro pelo vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores, Carlos José da Costa André.

Essa atitude desconsidera a função social do banco público. “O Banco do Brasil vem sofrendo desmonte gradativo. Ele tem deixado de ser efetivamente um banco público e tem migrando nessa perspectiva de não se rum banco que opera efetivamente programas sociais ”, considerou o coordenador.

“O fechamento de agências pode trazer problemas para os agricultores familiares. Embora ainda não tenha sido divulgado os locais, há municípios onde a única agência bancária existente é do Banco do Brasil e esse instrumento tem sido ao longo dos anos importantíssimo para operacionalização e expansão do crédito rural para os agricultores familiares em todo o território brasileiro ”. São mais de 73 milhões de contas espalhadas por todo o país e
55% de todo o crédito da
agricultura
familiar proveniente do BB.

Outro aspecto importante a considerar é que ao fechar agencias será priorizado o atendimento eletrônico e ou virtual e mais uma vez a agricultura familiar é penalizada.

A categoria que emprega 10 milhões de pessoas no Brasil
e é
responsável por movimentar R$ 107 bilhões
na economia, o que corresponde a
23% da toda a produção agropecuária
do país, de acordo com o IBGE, enfrenta, dificuldade de acesso à internet. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que 21% da população rural não tem acesso à internet banda larga.

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