Abacaxizeiro Vitória

Nova cartilha apresenta tecnologia de mulching no cultivo de abacaxi

Foto: divulgação

O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) lançou a cartilha “Abacaxizeiro ‘Vitória’: tecnologias para o cultivo em mulching plástico”, resultado de uma pesquisa iniciada em 2020 sobre o uso da técnica no cultivo de abacaxi no Espírito Santo. O material está disponível gratuitamente para download na Biblioteca Rui Tendinha.

O mulching plástico, ou cobertura do solo, é uma tecnologia que melhora o desenvolvimento radicular e o crescimento das plantas, favorecendo a produtividade e a qualidade dos frutos. De acordo com os pesquisadores, a adoção dessa prática também traz benefícios ambientais, como a conservação da água e dos nutrientes, a redução da evapotranspiração e o controle da erosão.

Entre 2020 e 2024, os estudos registraram ganhos expressivos de produtividade, menor ocorrência de plantas daninhas, melhor conservação da umidade do solo e redução das capinas, o que representa economia de mão de obra e maior eficiência produtiva.

A partir desses resultados, os pesquisadores identificaram a necessidade de reunir as informações em uma publicação prática e acessível aos produtores rurais e técnicos agrícolas. A cartilha apresenta instruções sobre o uso do mulching, além de orientações sobre preparo de canteiros, manejo da floração, controle de pragas e doenças e manejo do segundo ciclo (soca).

O grupo de pesquisa desenvolve estudos com o abacaxizeiro desde 2013, e a inserção da tecnologia de mulching teve início em 2020. O trabalho envolveu a integração entre pesquisa, assistência técnica e extensão rural (Ater), com a participação dos Escritórios Locais de Desenvolvimento Rural (ELDR) e de técnicos extensionistas, fundamentais para validar e difundir a prática junto aos agricultores.

A pesquisa é fruto de uma parceria entre o Incaper, a Secretaria da Agricultura, Aquicultura, Abastecimento e Pesca (Seag) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes).

Segundo Ivanildo Schmith Küster, um dos autores da publicação, a tecnologia traz impactos positivos tanto econômicos quanto ambientais.

“O agricultor que adotar essa tecnologia pode esperar o uso mais racional da água, redução de herbicidas e aumento da longevidade produtiva da lavoura. O investimento inicial é compensado pelo retorno financeiro gerado pelo aumento da produtividade e pela redução dos custos operacionais”, explicou.

 

 

 

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