Mais lidas 🔥

Na Vila Batista
Vila Velha certifica sua primeira agroindústria de mel

Mercado
Preços do mamão formosa sobem com oferta menor nas principais regiões

Reconhecimento nacional!
Conexão Safra vence o Prêmio Ibá de Jornalismo 2025

De quarta para quinta
Veja as 55 cidades capixabas que estão sob alerta vermelho para temporais

Previsão do tempo
Instabilidade perde força no ES, mas sábado segue com nuvens e chuva fraca

“
| Elenise Rita Hoffmann |
Por Elenise Rita Hoffmann
As empresas familiares são maioria no agronegócio, mas pouco se fala da sua importância frente ao cenário econômico brasileiro. Pensar na continuidade destas empresas é o que a Safras & Cifras propõe, através da organização do negócio, família e patrimônio.
Baseada na experiência adquirida em quase 30 anos no mercado, é possível afirmar que muitos produtores não se percebem como empresários de sucesso, quando na realidade a coragem e o empreendedorismo foram os propulsores do desenvolvimento do negócio e das conquistas do patrimônio. A dedicação ao trabalho e o desejo de crescer são refletidos em cada relato de homens e mulheres que abriram fronteiras agrícolas e alcançaram o sucesso nesta empreitada.
Para facilitar as relações entre os membros de uma família empresária é preciso construir regras claras. É importante salientar que, no contexto do agronegócio, família e negócio andam entrelaçados e, quando um deles não vai bem, o outro sofre as consequências. E, em momentos de alterações climáticas e redução de produtividades, como as que estamos presenciando em 2016, ser persistente em relação aos negócios e manter as relações familiares saudáveis são condições fundamentais para perenizar o patrimônio e garantir a continuidade do negócio, geração após geração.
Dessa forma, os oito p’s da governança, descritos brevemente abaixo, são importantes ferramentas para apoiar as famílias empresárias na busca por esses objetivos:
– Propriedade: oferecer proteção ao patrimônio familiar,
– Perpetuidade: garantir a continuidade do patrimônio e negócio, através de combinações entre os membros da família,
– Papéis: identificar os principais direitos e deveres dos herdeiros, gestores familiares e sócios,
– Poder: delinear a linha hierárquica no negócio, preservando a cultura e valores peculiares de cada família empresária,
– Princípios: identificar os valores familiares que contribuíram no sucesso do negócio e que serão responsáveis por manter acessa a chama da continuidade,
– Propósito: definir a estratégia da empresa familiar, no que tange a perpetuação do patrimônio e negócio,
– Profissionalização: formalizar as funções e entregas profissionais dos gestores familiares,
– Prática: tornar rotina o exercício de comunicação e aplicação das combinações feitas sobre o negócio familiar.
Colocar em prática essas ferramentas é uma tarefa que exige da família empresária o desejo de continuidade e do equilíbrio das relações. Significa identificar melhorias em algumas práticas de gestão do negócio e exercitar a comunicação entre todos.
No entanto, é preciso ressaltar que essas ferramentas se direcionam a gestão do negócio e não no processo de produção e de inovação do mesmo, pois esses fatores são exclusivos de cada família empresária e não devem ser mudados. A adoção dessas ferramentas de gestão oportuniza à família construir outras práticas de gestão sem alterar seus valores, sua cultura e, consequentemente, seu DNA empreendedor.





