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Soja, milho e arroz: veja as perdas na agricultura do RS

por Instituto Climatempo

em 09/06/2024 às 5h00

3 min de leitura

Soja, milho e arroz: veja as perdas na agricultura do RS

Foto: Ricardo Stuckert/PR

A Emater/RS divulgou o relatório técnico onde apresenta uma análise detalhada dos impactos das chuvas e cheia extremas, ocorrida no Estado do Rio Grande do Sul, durante o período de 30/04 a 24/05/2024.

O relatório aborda os efeitos das chuvas em diversas áreas, incluindo infraestrutura, abastecimento de água, produção primária e fruticultura. O Estado do Rio Grande do Sul publicou o Decreto nº 57.626, de 21 de maio de 2024, que atualizou a lista de municípios em estado de calamidade pública (78 municípios) e em situação de emergência (340 municípios).
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Mapa do RS com 78 municípios em calamidade pública (Emater-RS)

Durante o período de chuvas e cheias extremas, 9.158 localidades foram atingidas no Estado do Rio Grande do Sul, impactando significativamente construções e estradas. Observaram-se vários danos em instalações localizadas na zona rural, como casas, galpões, armazéns, silos, estufas e aviários. Também há problemas para o escoamento da produção de 4.548 comunidades em razão de estradas vicinais afetadas. Essa dimensão destaca a urgência de investimentos em reconstrução e reparo da infraestrutura para restaurar o acesso e a conectividade em áreas rurais, essenciais para a recuperação econômica e social das famílias afetadas.

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Fotos: divulgação Emater/RS

Perdas em várias culturas

Houve perdas significativas em várias culturas. No setor de grãos, destacam-se as perdas na área de culturas de verão, em produtos armazenados e plantios iniciais de inverno. Ao atingir regiões próximas à Região Metropolitana, as chuvas e cheias extremas também geraram danos severos na horticultura e fruticultura. Além disso, há a produção pecuária gaúcha, severamente impactada nos mais diferentes tipos de exploração (bovinos de leite, bovinos de corte, suínos, aves e peixes, entre outras), exigindo longo período para recuperação. As perdas, no entanto, não se distribuíram uniformemente pelo Estado nem ocorreram com a mesma intensidade. Em algumas regiões, os danos foram muito expressivos, como nos vales do Taquari e do Caí (bovinos de leite, suínos e aves), no Vale do Rio Pardo (bovinos de corte e leite), na região da Quarta Colônia da Imigração Italiana (bovinos de leite) e no Vale do Paranhana e Encosta da Serra (bovinos de corte e leite).

Em relação a grãos, as perdas se referem principalmente à área plantada e aos produtos armazenados, como arroz, milho, soja e feijão. As perdas de culturas de inverno são pontuais e correspondem a áreas recém-semeadas, que deverão ser replantadas. Foram prejudicados 48.674 produtores nas culturas de grãos.

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Apesar da maior parte das lavouras de verão já ter sido colhida antes do início do evento climático, as lavouras remanescentes foram severamente afetadas em termos de produção e de produtividade. Destaca-se que o evento deverá repercutir na redução da safra estadual.

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