Espírito Santo trilha ambiente favorável de negócios na piscicultura
Os dados divulgados pelo Anuário Peixe BR 2024 revelam uma posição consistente do Estado no cenário nacional da produção de peixes de cultivo
por Leandro Fidelis
em 01/03/2024 às 9h44
3 min de leitura
Os dados divulgados pelo Anuário Peixe BR 2024, divulgados ontem (29), revelam uma posição consistente do Espírito Santo no cenário nacional da produção de peixes de cultivo. O Estado, 16º no ranking da produção de peixes de cultivo em 2021, manteve a posição em 2022 e subiu para 17º no ano passado, um crescimento de 6,31%. Os números demonstram crescimento significativo na produção, de 19.030 toneladas, evidenciando um ambiente propício para o desenvolvimento da aquicultura.
No que diz respeito à produção de peixes de cultivo, o Espírito Santo contribuiu com 18.100 toneladas de tilápia e 930 toneladas de nativos. A análise da pesquisa da Pecuária Municipal (dados preliminares 2022) do IBGE revela que os maiores municípios produtores são: Linhares, seguido por Domingos Martins, Guarapari, Marechal Floriano e Alegre, entre outros.
O Anuário Peixe BR 2024 ressalta que o Espírito Santo está a um passo de consolidar um ambiente propício para negócios na área. Projetos de fomento, a proximidade com um grande mercado consumidor, como o do Rio de Janeiro, e a atenção à legislação ambiental são fatores que indicam um caminho promissor para o desenvolvimento sustentável da aquicultura.
A proximidade com o mercado consumidor do Rio de Janeiro, embora subutilizada até o momento, destaca-se como um diferencial competitivo para o Estado. As condições ambientais, especialmente para a tilapicultura, são favoráveis, graças aos ecossistemas distintos que propiciam o desenvolvimento da atividade.
Mais Conexão Safra
No entanto, a produção atual não atende plenamente à demanda local, levando à necessidade de importação de tilápia de Minas Gerais para abastecer as plantas de processamento. Nesse contexto, projetos como o Aquicultura Sustentável e Aquicultura Familiar desempenham um papel crucial, promovendo o desenvolvimento tecnológico e empoderando mulheres em pequenas represas, por meio de tanques-rede.
O licenciamento ambiental emerge como um desafio significativo para o Espírito Santo e para estados que não ocupam uma posição proeminente na produção. A colaboração entre o governo estadual e o setor produtivo se torna fundamental para garantir a segurança jurídica ambiental da piscicultura. Sem essa base, o futuro da atividade permanece incerto, não apenas no Espírito Santo, mas em todo o território brasileiro. Portanto, a união de esforços é essencial para assegurar o crescimento sustentável e promissor da aquicultura no Estado capixaba.
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