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Pesquisa

Acordos internacionais e lançamentos marcam presença da Embrapa no Green Rio

por Embrapa

em 31/05/2019 às 18h16

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Acordos internacionais e lançamentos marcam presença da Embrapa no Green Rio

Foto: João Roberto Correia

Pesquisadores alemães e brasileiros estarão envolvidos em uma nova parceria para o desenvolvimento de projetos na área de bioeconomia. Dois acordos de cooperação técnica foram assinados, no dia 24, durante a programação do Green Rio, uma das mais importantes plataformas de negócios da chamada economia verde, que desde 2012 reúne representantes de vários países do mundo na capital fluminense.

Na oitava edição do evento, Embrapa e duas instituições alemãs de pesquisa – Julius K&uuml,hn Institute-Federal Research Centre for Cultivated Plans e Deutsche Biomasseforschungszentrum gemeinn&uuml,tzige GmbH (DBFZ) &ndash, firmaram acordos, que, pelos próximos cinco anos, vão representar a abertura de oportunidades e desenvolvimento de inovações tecnológicas voltadas ao setor.

Representando a Embrapa, esteve presente à assinatura dos acordos a secretária de Inteligência e Relações Estratégicas (Sire), Rita Milagres. Segundo ela, as parcerias são o reconhecimento da importância e do potencial da pesquisa agropecuária brasileira no desenvolvimento de inovações tecnológicas. “A Embrapa, ao longo dos últimos 46 anos, atingiu um nível de consolidação e amadurecimento científico, que configura a resposta que as instituições internacionais esperam ”, disse ela, destacando o potencial brasileiro em processos de conversão de produtos de base tecnológica a partir de matérias-primas originárias da biodiversidade nacional.


Com o Instituto Julius K&uuml,hn, vinculado ao governo da Alemanha, a cooperação técnica em ciência e tecnologia ocorrerá por meio de projetos conjuntos nas áreas de agricultura e recursos naturais. Entre as prioridades, estão mudanças climáticas, biotecnologia, nanotecnologia, agricultura de precisão e tecnologias da informação, segurança de alimentos, nutrição e saúde, mercados e desenvolvimento rural.

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O segundo acordo firmado foi com o Deutsche Biomasseforschungszentrum gemeinn&uuml,tzige GmbH (DBFZ), que é um centro de pesquisa em biomassa, e que, em cooperação com os pesquisadores brasileiros, vai desenvolver projetos na área, incluindo seus fins energéticos, na cadeia produtiva, tecnologia agroindustrial e química verde. Estão previstos ainda estágios para estudantes vinculados a universidades, a serem implementados nas Unidades da Embrapa e do DBFZ. O memorando de entendimento entre as duas instituições terá a duração de cinco anos, com possibilidade de renovação. Estiveram presentes o conselheiro para Alimentação e Agricultura da Embaixada da Alemanha, Ansgar Aschfalk, representando a DBFZ, e o presidente do Instituto Julius K&uuml,hn, Frank Ordon.

A secretária de Inteligência e Relações Estratégicas também esteve presente à mesa de abertura do Green Rio, durante a qual chamou a atenção para a importância do papel da Embrapa no contexto da bioeconomia, principal foco do evento. “A pesquisa desenvolvida na Empresa está totalmente alinhada às tendências dessa nova plataforma da economia global e da revolução tecnológica e tem gerado respostas à sociedade ”, afirmou. “Mas é preciso muito mais investimento para que seja possível continuar correspondendo às expectativas de cenários de futuro cada vez mais desafiadores ”.

Lançamentos
Ainda durante o evento, na tarde do dia 23 de maio foi lançada a segunda edição do Prêmio BNDES de Boas Práticas para Sistemas Agrícolas Tradicionais (SATs), uma iniciativa do Banco Nacional do Desenvolvimento de Econômico e Social (BNDES), em parceria com a Embrapa, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

“Trata-se de uma iniciativa única voltada ao reconhecimento e à divulgação de boas práticas de salvaguarda e conservação de bens culturais imateriais associados à agrobiodiversidade e à sociobiodiversidade ”, comentou a secretária. “A riqueza cultural de comunidades inteiras, cujo conhecimento foi gerado e está sendo preservado de geração em geração precisa ser evidenciado, conhecido por todo o País ”.
As inscrições para a segunda edição do Prêmio BNDES estarão abertas no período de 10 de junho a 31 de outubro.

Como um dos resultados mais importantes do Prêmio BNDES, também foi lançado oficialmente na oportunidade o terceiro volume da Coleção Povos e Comunidades Tradicionais.
Intitulada Sistemas Agrícolas Tradicionais no Brasil, a publicação apresenta as 15 experiências selecionadas na primeira edição do prêmio em 2018, e reúne relatos que reforçam a importância da conservação dinâmica dos modos de vida de povos e comunidades tradicionais de diversas regiões do País.

“Esse trabalho é a materialização do esforço coletivo em defesa da preservação e do registro dessas experiências que não podem se perder no tempo ”, destacou Rita Milagres, ao apresentar a publicação às autoridades e representantes do Governo Federal presentes ao evento. “É com imenso prazer que apresentamos essa publicação que representa a história de centenas de famílias e lideranças de mulheres, que conciliam geração de renda com sustentabilidade ”.

Além da descrição das experiências selecionadas no Prêmio BNDES, a publicação dedica ainda dois capítulos aos SAT registrados como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Iphan &ndash, o Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro e o Sistema Agrícola Tradicional das Comunidades Quilombolas do Vale do Ribeira e um capítulo à primeira candidatura brasileira ao Programa Globally Important Agricultural Heritage Systems (GIAHS).

Desenvolvido pela FAO, o GIAHS reconhece sistemas agrícolas pela importância da diversidade biológica e agrícola e pelos conhecimentos e tecnologias tradicionais relacionadas à coadaptação entre agricultores e paisagens. A primeira submissão brasileira ao programa é a experiência desenvolvida na Serra do Espinhaço Meridional dos apanhadores de flores sempre-vivas de Minas Gerais, que ilustra a capa do livro.

A publicação Sistemas Agrícolas Tradicionais no Brasil contou com a participação de 48 autores, entre mestres, doutores de diversas áreas do conhecimento, agentes comunitários, educadores e lideranças indígenas, que, em mais de 350 páginas, registraram
experiências de comunidades vazanteiras, quilombolas, coletoras de babaçu, agricultoras e pescadoras artesanais.

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