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Leite

Produção de leite pede ações efetivas

Crescimento do setor necessita de medidas eficazes voltadas aos produtores

por Redação Conexão Safra

em 18/09/2018 às 0h00

3 min de leitura

Produção de leite pede ações efetivas

A expansão do mercado leiteiro no Brasil exige mudanças estruturais. Na visão de representantes do setor, como o presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang, é fundamental que haja movimentos para exportação do produto e melhoria de preços ao produtor para que esse avanço seja alcançado.


Por se tratar de um produto nobre para a alimentação no País, tanto do leite integral, como de seus derivados, o dirigente afirma que o mercado acaba sendo de interesse de todos. Somente no Rio Grande do Sul, onde a entidade atua, são produzidos 12 milhões de litros por dia, o consumo interno, entretanto, gira em torno de 40% e mesmo assim é um dos Estados da União que mais importa leite.


Para o gestor, é preciso rever se o Estado e a indústria estão capacitados para atender o mercado externo. “De um lado, as autoridades político-administrativas e muitas indústrias incentivando a produção e nos informando que a planta industrial do Estado tem capacidade para receber cerca de 18 milhões de litros por dia, do outro lado o laticínio nos remunerando pouco, alegando que tem muito leite no mercado “, destaca Tang.

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Além disso, o dirigente também observa que o produtor teve que fazer uma séries de ajustes e investimentos na propriedade para se adequar às normas corretas para a produção leiteira de maneira muito rápida. Frente a isso, Tang questiona se a indústria e as autoridades estão alinhadas neste ritmo.

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“Espera-se que as autoridades político-administrativas ajudem na abertura de novos mercados”, pontua Tang (Foto: Reprodução)


“Será que a indústria e autoridades estão também se adequando ao mercado internacional? Observamos que muitas nem investem em leite em pó, carro chefe de exportação do setor. Alegam que gera pouco lucro. Por sua vez o produtor entrega o seu produto muitas vezes sem lucro nenhum e não tem força para mudar o cenário”, observa o presidente da entidade.


A grande necessidade do setor, de acordo com o gestor, é ter ações concretas para o produtor. Já que muitas entidades discutem a cadeia leiteira em um âmbito externo, mas não concretizam essas medidas.


“Não falamos apenas na questão de preço pago pelo litro entregue à indústria e sim de uma assistência que envolva apoio técnico, contábil e jurídico para o desenvolvimento da atividade. Quanto à remuneração, é histórico que o produtor de leite não vende o seu produto, ele apenas entrega e 30 a 45 dias depois saberá o quanto vai receber, pois o administrador de laticínio é um dos únicos profissionais que tem a primazia de determinar o preço que pagará pela sua matéria prima, podendo assim, até mesmo, corrigir alguns equívocos administrativos que tenha cometido”, avalia.


Outro ponto destacado é justamente a respeito da baixa concretização de ações. Na visão do gestor da entidade, o produtor continua sendo a ponta mais vulnerável da cadeia. “Sem dúvida uma o setor produtivo atende pelas normas do mercado, mas temos que estar mais preparados para poder usufruir deste negócio e equilibrar o setor, onde todos os componentes possam tirar a sua subsistência, do produtor ao consumidor final. Cada qual deve executar as suas funções com excelência, ao produtor cabe ter um rebanho com sanidade e produzir leite de alta qualidade, já o transportador deve chegar com o produto nas condições ideais na indústria, e esta deve certificar-se da qualidade do produto que recebe e elaborar produtos que agreguem valor e que tenham mercado regional, nacional e internacional”, complementa. (*Fonte:
A.I. ,adaptado pela equipe Feed&Food).


(*Foto de capa: Reprodução)

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