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Varíola dos macacos caminha para transmissão comunitária, diz secretário de Saúde do ES

por Fernanda Zandonadi

em 08/08/2022 às 18h02

4 min de leitura

Varíola dos macacos caminha para transmissão comunitária, diz secretário de Saúde do ES

Foto: Pixabay

A rapidez na expansão do vírus que causa a monkeypox, ou varíola dos macacos, caminha para uma transmissão comunitária sustentada. As informações foram dadas pelo presidente Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e secretário de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes, à CNN.

“A doença caminha para ter uma transmissão comunitária sustentada em todo o país e poderá, no futuro, se comportar também com fenômenos de surtos em alguns aglomerados populacionais, tanto familiares quanto de trabalho e escolares”, afirmou.

Ele salientou, ainda, que a testagem é fundamental para conter os surtos. ” O que temos de novo neste momento é que o Ministério da Saúde ampliou o critério de diagnóstico para que qualquer pessoa com uma ou mais lesões suspeitas características possa ser testado, independente do vínculo epidemiológico”, disse à publicação.

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Para evitar casos da varíola dos macacos e prevenir a transmissão da doença especialmente na gravidez, o Ministério da Saúde publicou orientações para profissionais da saúde, gestantes, lactantes e puérperas que apresentem sintomas ou estejam positivos da doença. Veja:

Em gestante assintomática pós-exposição ao vírus:
• Em caso de teste negativo – O monitoramento será suspenso;
• Em caso de teste positivo – Será indicado o isolamento domiciliar por 21 dias, sem visitas;
• A gestante também será instruída à automonitoração, acompanhando sua temperatura e o aparecimento/evolução das lesões cutâneas.

Para gestantes com sinais ou sintomas suspeitos de varíola dos macacos:
• Em caso de teste negativo – Será indicado o isolamento domiciliar por 21 dias, sem visitas e orientada a automonitoração. O teste deve ser feito novamente caso os sintomas persistam;
• Em caso de teste positivo – Levando em consideração maior risco, é indicada a hospitalização da gestante nos casos moderados, graves e críticos;
• Dentro do conhecimento disponível até o momento, os profissionais de saúde devem saber que: as gestantes devem ficar em isolamento domiciliar com acompanhamento pela equipe assistencial, em caso de doença com quadro clínico leve;
• As pacientes com casos de maior gravidade devem ser acompanhadas em regime de internação hospitalar;
• Não há ainda protocolo de tratamento específico com antivirais no ciclo gravídico-puerperal;
• O monitoramento da vitalidade fetal deve ser cuidadoso nas pacientes com a doença moderada, grave ou crítica, em vista da constatação de maior morbimortalidade do concepto nestes casos;
• A via e o momento do parto têm indicação obstétrica e a cesárea como rotina não está indicada nestes casos; o aleitamento deve ser analisado de acordo com o quadro clínico cada caso específico.

Tratamento na gravidez

Apesar da doença transmitida pelo vírus monkeypox ser considerada uma doença autolimitada, que geralmente apresenta cura espontânea, em alguns casos, pode haver a necessidade de tratamento medicamentoso específico, sobretudo em pessoas imunossuprimidas.

Na maioria das vezes, só há indicação de uso de tratamento sintomático para febre e dor. Nos casos que apresentem lesões mais significativas, algumas medicações podem ser consideradas após avaliação médica.
Em geral, as gestantes apresentam quadros leves e autolimitados da doença; nestas não há indicação de antecipar o parto.

As recomendações do Ministério da Saúde para gestantes, puérperas e lactantes são:
• Afastem-se de pessoas que apresentem sintomas suspeitos como febre e lesões de pele-mucosa (erupção cutânea, que habitualmente afeta o rosto e as extremidades, e evolui de máculas para pápulas, vesículas, pústulas e posteriormente crostas);
• Usem preservativo em todos os tipos de relações sexuais (oral, vaginal, anal) uma vez que a transmissão pelo contato íntimo tem sido a mais frequente;
• Estejam alertas para observar se sua parceria sexual apresenta alguma lesão na área genital e, se presente, não tenham contato;
• Mantenham uso de máscaras, principalmente em ambientes com indivíduos potencialmente contaminados com o vírus;
• Procurem assistência médica, caso apresentem algum sintoma suspeito, para que se estabeleça diagnóstico clínico e, eventualmente, laboratorial.

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