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Saiba quais os meses com mais riscos de contrair febre maculosa no ES

por Fernanda Zandonadi

em 16/06/2023 às 10h42

3 min de leitura

Saiba quais os meses com mais riscos de contrair febre maculosa no ES

Foto: Prefeitura de Jundiaí

A febre maculosa voltou aos noticiários depois de quatro pessoas morrerem pela doença no Estado de São Paulo. No Espírito Santo, neste ano, foram registrados nove casos da infecção em sete cidades diferentes. As confirmações foram em Afonso Cláudio, Barra de São Francisco, Colatina, Mimoso do Sul, Nova Venécia, Laranja da Terra e Domingos Martins. Todos os contaminados foram curados.

Entre 2012 e 2022, no entanto, houve registro de mortes: no total, 38 pessoas perderam a vida para a doença transmitida pelo carrapato-estrela. Só em 2022, foram 11 mortes e 25 casos confirmados. A maior parte das contaminações aconteceu entre os meses de agosto e outubro, período de surgimento da fase de ninfa do carrapato. As informações são da Secretaria de Saúde do Espírito Santo (Sesa).

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Nos humanos, a febre aftosa é adquirida pela picada do carrapato infectado com a bactéria rickettsia. A transmissão geralmente ocorre quando o artrópode permanece aderido ao hospedeiro por um período de quatro a seis horas. Os equídeos, roedores como a capivara, marsupiais como o gambá e os cães têm importante participação no ciclo de transmissão da doença. Porém, não há estudos suficientes que comprovem o envolvimento destes animais como reservatórios ou amplificadores de rickettsias, assim como transportadores de carrapatos potencialmente infectados.

Febre aftosa: prevenção e tratamento rápido

A contaminação é detectada por sinais como febre e manchas vermelhas na pele, as máculas. Evitar locais com risco de infestação do carrapato-estrela, especialmente entre os meses de agosto e outubro, é o primeiro passo para não se contaminar. Mas, se isso não for possível, a recomendação é o uso de roupas de proteção e repelentes. O Ministério da Saúde indica aqueles com princípios ativos como DEET, IR3535 ou icaridina. Como o carrapato precisa de pelo menos quatro horas de fixação no corpo para transmitir a doença, a indicação é, em áreas de risco, fazer vistorias minuciosas em todo corpo a cada duas horas.

O trabalho de prevenção e detecção precoce da doença é constante. “Entre as ações realizadas pela Secretaria da Saúde, com apoio das superintendências de Saúde e dos municípios capixabas, estão a emissão de nota técnica com orientações para conduta clínica dos casos e alerta aos profissionais da Saúde para suspeição da doença, capacitações aos profissionais médicos, enfermeiros e agentes de saúde, visitas aos locais para acompanhamento in loco, além do trabalho de educação de saúde orientada pela Sesa e promovida pelos municípios. Há novas capacitações programadas a fim de atualizar os processos e alcançar novos profissionais. Outro destaque ao trabalho está com o Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen/ES) que, em 2022, passou a realizar exames de PCR para a febre maculosa, garantindo maior agilidade no diagnóstico dos casos suspeitos”, informou a Sesa por meio de nota.

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