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O que se sabe sobre os acampamentos na zona rural de Mimoso do Sul

por Redação Conexão Safra

em 18/01/2024 às 13h56

3 min de leitura

O que se sabe sobre os acampamentos na zona rural de Mimoso do Sul

Frames: reprodução/redes sociais

No último fim de semana foi erguido um acampamento na zona rural de Mimoso do Sul. Mais de 100 barracas de lona e bambu foram construídas às margens de uma estrada, na localidade conhecida como Pratinha. O presidente do Sindicato Rural de Mimoso do Sul, Luciano Belotti, informou que o foco dos acampados não seria a propriedade em frente às barracas, mas uma outra, distante três quilômetros do local. “A que está em frente já faz parte do programa de crédito fundiário”, explicou.

Belotti disse ainda que, aparentemente, não há liderança no local ou mesmo alguém que responda pelo grupo. A suspeita é de que a ideia surgiu há seis meses, quando pessoas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) estiveram em Mimoso do Sul a fim de fazer reuniões na cidade. Não há informações sobre o teor discutido nessas reuniões ou quem teria participado.

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O presidente do Sindicato Rural de Cachoeiro de Itapemirim, Wesley Mendes, disse que a instituição acompanha o desenrolar da situação, até pela proximidade de Cachoeiro e Mimoso, e que o assunto já foi levado às autoridades para as devidas providências. “Alguns produtores reconheceram, entre os acampados, moradores de Mimoso do Sul. São pessoas que têm residência, tem endereço”, disse.

Ele ressaltou, ainda, que o sindicato é totalmente contra a invasão de propriedades. “Há várias formas de se construir a reforma agrária sem usar violência, ilegalidade ou invasão de propriedade privada. Já há mecanismos orientados por políticas públicas para aquisição de terras pelo crédito fundiário por famílias que realmente sejam vocacionadas para a produção agrícola”, explicou.

Mendes ressaltou, ainda, que o sindicato “não defende que cidadãos urbanos se apropriam da demanda legítima por terra, ou aproveitam o momento para conseguir terras que depois serão vendidas ilegalmente. Somos testemunhas do resultado positivo de vários assentamentos presentes no Sul do Espírito Santo que surgiram por meio do crédito fundiário”.

O que se sabe sobre o acampamento:

  • Cerca de 100 barracas foram erguidas às margens de uma estrada rural, em frente a uma propriedade da localidade de Pratinha, zona rural de Mimoso do Sul.
  • São abrigos improvisados, de lona e bambu, e não há estimativa precisa de quantas pessoas estão no local.
  • Não há, aparentemente, um líder ou entidade que responda pelos acampados e nem bandeiras que indiquem de qual organização fazem parte.
  • No entanto, fontes informaram que, há seis meses, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) estiveram em Mimoso do Sul e fizeram duas reuniões na cidade.
  • Moradores informaram que entre os acampados há pessoas de Mimoso do Sul, que têm endereço fixo no município, e outras que não foram reconhecidas e, portanto, podem ser de outras cidades ou Estados.
  • A propriedade em frente ao acampamento já faz parte, segundo fontes, de um programa federal que financia ações e projetos de reordenação fundiária e assentamento rural, complementares à reforma agrária. Ela não seria o objetivo dos acampados.
  • O foco seria uma outra propriedade, distante três quilômetros do local onde as barracas estão instaladas. A ideia seria, segundo fontes, invadir ou forçar a inclusão das terras em uma reordenação fundiária.

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