Morre Zé Teeiro, um dos pioneiros na produção de cafés especiais do Caparaó Capixaba
por Aqui Notícias
em 14/07/2022 às 11h19
2 min de leitura

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A família conhecida como “Teeiro” deu uma triste notícia na manhã desta quinta-feira (14). Faleceu o patriarca da atual geração da família, José Davino Gomes (Zé Teeiro), um dos pioneiros na produção de café especiais na região do Caparaó Capixaba. O velório está acontecendo em sua residência e o sepultamento será às 17 horas em Irupi. Desde o anúncio de seu falecimento, centenas de pessoas têm deixado mensagens de solidariedade nas redes sociais.
Zé Teeiro – como era conhecido – foi um dos primeiros produtores da região do Caparaó a acreditar que a produção de café de qualidade era o futuro da cafeicultura da região e capixaba. E depois, também acreditou que isso era um potencial a explorar dentro do turismo rural, o que levou a grande parte da família a investir no empreendimento que já é sucesso há mais de 25 anos: o Café Teeiro.
O empreendimento fica situado às margens da BR262, no km 180, na comunidade de Vista Alegre, em Ibatiba, anexo à propriedade rural da família, grande produtora de café arábica. E, no último final de semana (9 e 10), inclusive, não funcionou. Depois de muitos anos, sua direção informou que não iria abrir, porque “estava passando por um momento difícil por estar cuidando de quem cuidou de nós uma vida inteira”, se referindo justamente a Zé Teeiro.
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O empreendimento é um dos mais conhecidos e visitados da região, principalmente, por turistas que passam por Ibatiba, Iúna e Irupi, municípios que compartilham divisas e tem ligação histórica e econômica. E Zé Teeiro, tendo sempre ao seu lado a esposa Geuza e os filhos do casal, escreveu uma das mais importantes páginas na história dos cafés especiais em terras capixabas, quando muita gente desacreditava nessa possibilidade de diversificação rural. Além de ter acreditado na vocação turística da região.
Produtor rural desde jovem, homem da terra e do café, Zé Teeiro cuidou da família produzindo uma bebida de qualidade que ganhou o Brasil e o mundo. E o Teeiro não é sobrenome, mas virou marca. A origem vem dos pais de Zé Teeiro que fabricavam telhas moldadas nas próprias coxas das pernas – com eram produzidas na época – o que os levou a serem chamados de família do “telheiro” que, no sotaque popular, virou “teeiro”. Dessa forma, assim surgiu o nome e marcou a história de quem acreditou em um sonho que se tornou realidade.
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