Mapa esteve no Congresso e Seminário Brasileiro sobre o Pau-Brasil

Na segunda-feira (18), a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) sediou o Congresso e Seminário Brasileiro sobre o Pau-Brasil, com objetivo de discutir temas relacionados à preservação, manejo sustentável e ao papel cultural do pau-brasil (Paubrasilia echinata), espécie emblemática e símbolo nacional. O evento seguiu até terça-feira (19/11), sendo o segundo dia de forma online. 

Promovido pelo Instituto Verde Brasil e pela Associação Nacional da Indústria da Música (Anafima), o encontro contou com a participação de especialistas, lideranças da indústria musical, pesquisadores e autoridades públicas. Representando a superintendência do Mapa no Espírito Santo (SFA-ES/Mapa), participaram como palestrantes no evento o superintendente Federal de Agricultura no ES, Guilherme Gomes de Souza, e o superintendente substituto e chefe da Divisão de Desenvolvimento Rural (DDR-ES/SFA-ES), Flávio Marquini da Silva.

No primeiro dia, as discussões versaram sobre a elaboração de estratégias eficazes de preservação e geração de emprego e renda, com foco no fortalecimento da archetaria (arte de fabricar arcos para instrumentos de corda) no Espírito Santo e no Brasil. Ofício que depende diretamente da disponibilidade sustentável do pau-brasil.

Em sua fala, o superintendente Federal de Agricultura ressaltou a importância do evento para consolidar um plano de ação para o manejo sustentável do pau-brasil. “Essa madeira é muito importante, pois faz parte da história do nosso país. Por isso, defendemos o plantio do pau-brasil por meio de reflorestamento para fins comerciais para, assim, mitigar os crimes ambientais que ocorrem hoje com essa espécie ameaçada de extinção. E isso envolve também o poder legislativo para que permita o plantio sustentável do Pau-Brasil”, disse Guilherme.

Já o chefe da Divisão de Desenvolvimento Rural participou do painel “Políticas públicas e privadas de apoio à cultura do Pau-Brasil”. Na ocasião, o auditor fiscal falou sobre as ações do Mapa em apoio à cadeia produtiva, como o Programa Floresta Mais Sustentável, do Departamento de Reflorestamento e Recuperação de Áreas Degradadas (DEFLO/SDI/Mapa), que traça estratégias para o setor.

Flávio Marquini lembrou ainda que, em 2021, a SFA-ES promoveu um seminário para discutir o assunto. “Acompanhamos essa história do pau-brasil desde 2020 quando recebemos diversas demandas sobre as dificuldades da comercialização da madeira para a indústria de arcos e isso nos sensibilizou muito e, em 2021, realizamos o Seminário Agroflorestal Brasileiro, em parceria com diversas instituições, entre elas o Ibama, para debater o tema”, relatou.

Outros painéis realizados no primeiro dia do evento abordaram a situação atual e tendências da indústria de archetaria no Brasil; as instituições capixaba e o pau-brasil; e os resultados do projeto de pesquisa: Avaliação dos Impactos Socioeconômicos e Ambientais do Programa de Fomento Florestal com o Pau-Brasil, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes).