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Indígenas do ES transformam tradições em renda e sustentabilidade

No Dia dos Povos Indígenas (19), conheça a cooperativa apoiada pela Suzano que promove autonomia para as comunidades e ainda contribui para a restauração ecológica

por P6

em 19/04/2023 às 9h50

3 min de leitura

Indígenas do ES transformam tradições em renda e sustentabilidade

A coletora de sementes Danila Moraes Soares. (*Fotos: Divulgação)

O ciclo da vida começa com uma semente. O estabelecimento de uma rede de coleta de sementes nativas é fundamental nos processos de renovação das populações de plantas. No Dia dos Povos Indígenas (19), conheça o projeto desenvolvido por uma cooperativa indígena, apoiada pela Suzano, que faz a coleta de sementes que são vendias para uso em ações de restauro florestal. Só em 2022 foram coletadas 2.270 kg de sementes (1.200 kg nas áreas da empresa) de 60 espécies, gerando R$ 150 mil em renda.

 

Danila Moraes Soares faz parte do grupo – formado por 60 indígenas – que participa da coleta e comercialização de sementes. Essa atividade contribui para a transformação e revitalização da economia da comunidade e para o meio-ambiente. A cadeia sustentável só é bem-sucedida se for acompanhada do retorno econômico, o que permite sua perenidade. “A coleta de sementes se tornou uma renda extra para a minha família. Essa atividade nos ajuda economicamente e fomenta em nós a vontade de continuar mantendo o ciclo de preservação”, disse Danila, que é integrante da aldeia tupiniquim Comboios.

 

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A iniciativa, que resgata tradições e abre uma porta para mudança de vida, faz parte das atividades desenvolvidas pela Cooperativa de Agricultores Indígenas Tupiniquim e Guarani de Aracruz (Coopygua), que integra o Programa de Sustentabilidade Tupini Guarani no ES (PSTG), desenvolvido pela Suzano em parceria com as comunidades indígenas de Aracruz. Com foco em organizar e viabilizar a comercialização formal de produtos oriundos das terras indígenas, além da coleta e venda de sementes, destacam-se a produção de artesanato e a meliponicultura (criação de abelhas nativas uruçu-amarela sem ferrão que resulta no mel Tupyguá).  

 

Para Bárbara Tupinikim, da aldeia Pau-Brasil/Mata Atlântica, a valorização desse mercado é importante “para que não tenhamos desequilíbrio no ecossistema e para que não se esgote a fonte da natureza”. Segundo ela, o objetivo da Coopygua não é explorar, e sim, perpetuar. “Essa relação é parte da cultura, uma vez que, é necessário que plantemos e usemos as sementes para garantirmos as florestas, o oxigênio e as raízes no solo”, explicou.  Hoje, com mais de 90 cooperados, a Coopygua comercializa seus produtos até pela internet no endereço https://tupygua.myshopify.com/

Parceria no resgate de tradições

 

A Suzano, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir da fibra proveniente do eucalipto, apoia essa cooperativa que valoriza a cultura indígena e a preservação da natureza. O objetivo é impulsionar nas terras indígenas um conjunto de ações integradas que permitam restabelecer aos seus ocupantes as condições ambientais necessárias para as práticas socioculturais e afirmação de sua identidade étnica.

 

O consultor de Desenvolvimento da Suzano, Gerson Peixoto, explica que o relacionamento da empresa com as comunidades indígenas localizadas em áreas de influência das operações é permanente.

 

“A Suzano apoia ações de meliponicultora, formação e capacitação, artesanato, formalização, melhoria de infraestrutura, cultura e fortalecimento produtivo para o bem comum da comunidade. As iniciativas alcançam mais de 5 mil pessoas, sendo 12 aldeias e uma cooperativa”, disse Gerson.

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