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Entidades capixabas e nacionais lamentam morte de ex-ministro

por Redação Conexão Safra

em 29/06/2023 às 19h30

5 min de leitura

Entidades capixabas e nacionais lamentam morte de ex-ministro

Foto: Faes/Senar/divulgação

Várias entidades e organizações ligadas ao agronegócio lamentaram o falecimento do ex-ministro Alysson Paolinelli, aos 86 anos, ocorrido nesta quinta-feira (29). De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), entidade que Paolinelli presidia, o ex-ministro apresentou complicações após uma cirurgia para colocar uma prótese no fêmur e chegou a ficar quase 30 dias internado no Hospital Madre Tereza, em Belo Horizonte.

O Sistema Faes / Senar / Sindicatos Rurais, em nota, lamentou o ocorrido. “Engenheiro agrônomo e professor universitário, Alysson Paolinelli foi um dos maiores nomes por trás do desenvolvimento sustentável da agricultura brasileira e um dos principais responsáveis pela introdução da tecnologia e da pesquisa na produção agrícola, contribuindo para que o Brasil se tornasse uma potência no setor, além de ser um grande defensor da segurança alimentar mundial. Desejamos que Deus conforte o coração de familiares e amigos”.

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, também lamentou em suas redes sociais o falecimento do ex-ministro e escreveu: “É com profundo pesar que recebo a notícia do falecimento do ex-ministro Alysson Paolinelli, um grande líder que deixou um importante legado no campo da agricultura. Suas conquistas e contribuições serão eternamente lembradas. Siga em paz.”

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O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, escreveu em suas redes sociais: “A contribuição de Paolinelli para a agropecuária e para o Brasil eternizam sua existência e fazem renascer a cada dia seu espírito inovador. Indicado ao prêmio Nobel da Paz, criador da Embrapa, revolucionou o agro brasileiro, levando prosperidade para onde se acreditava ser solo infértil. Seu trabalho fez nascer no país uma das maiores potências agropecuárias do mundo. Mais que isso, seu legado alimenta as famílias e a ciência”.

Em nota de pesar, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) informou que Paolinelli foi um grande nome para o desenvolvimento da agricultura brasileira. “Indicado duas vezes ao prêmio Nobel da Paz, foi o grande nome responsável pelo desenvolvimento da agricultura brasileira como a conhecemos hoje, capaz de garantir alimento seguro para abastecer nosso país e o mundo. Ele liderou, na década de 70, o salto científico e tecnológico que colocou a agricultura tropical, em especial o bioma do Cerrado brasileiro, no centro da produção de alimentos do planeta. Paolinelli foi, igualmente, um incentivador da pesquisa, ciência e tecnologia”.

O Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) também publicou uma nota de pesar pelo falecimento de Paolinelli. “A comunidade científica, o setor agrícola e toda a sociedade brasileira perdem um grande líder e defensor da agricultura sustentável. Alysson Paolinelli deixa um legado inestimável para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro, com suas contribuições para o aumento da produtividade, a preservação ambiental e o combate à fome”, escreveu a CCAS.

História ligada ao agro

O ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli presidia a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho). Ele apresentou complicações após uma cirurgia para colocar uma prótese no fêmur e chegou a ficar quase 30 dias internado no Hospital Madre Tereza, em Belo Horizonte.

“Paolinelli foi uma figura ímpar no campo da agricultura brasileira, deixando um legado significativo para o setor. Sua trajetória exemplar como engenheiro agrônomo, pesquisador e líder inspirou gerações de profissionais e contribuiu de forma inestimável para o desenvolvimento agrícola do país”, destacou a associação, em nota de pesar.

Nascido em 10 de julho de 1936 Bambuí (MG), Paolinelli deixou sua cidade natal aos 15 anos para cursar o ensino médio em Lavras (MG), onde também se formou engenheiro agrônomo pela Escola Superior de Agricultura de Lavras. Em 1971, foi convidado para assumir a Secretaria de Agricultura de Minas Gerais com o desafio de implantar uma nova matriz produtiva no estado.

Paolinelli assumiu o Ministério da Agricultura no governo de Ernesto Geisel em março de 1974 e abriu um período de políticas para o setor e para o desenvolvimento do Centro-Oeste brasileiro. Priorizou a ciência e estruturou a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), criada na gestão do ex-ministro da Agricultura Cirne Lima, em 1972.

Além das realizações no campo político, em 2006, seu trabalho no estudo do potencial agrícola do Cerrado associado à segurança alimentar e ao desenvolvimento sustentável foram premiados com o World Food Prize.

Fundou, em 2012, o Fórum do Futuro, voltado ao debate sobre o desenvolvimento sustentável, com foco em inovação, tecnologia e pesquisa. Estava à frente do Projeto Biomas Tropicais, que oferece um novo caminho para a produção alimentar, preconizando a precedência da ciência na definição dos limites de uso sustentável dos recursos de cada bioma, antes do seu uso econômico.

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