Comissão discutirá medidas para enfrentar impactos da seca e outros desastres naturais em Guaçuí
por Redação Conexão Safra
em 17/03/2015 às 0h00
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Neste primeiro encontro o assunto principal foi a estiagem que o município enfrenta. A ideia é reunir informações importantes para propor iniciativas.
Texto: Prefeitura de Guaçuí/Jackson Vimercati Passos
Fotos: Prefeitura de Guaçuí/Luiz Ferreira
Realizar estudos e apresentar propostas para enfrentar situações como seca, enchentes e outros desastres naturais, que possam impactar as questões socioeconômica e ambiental no município. São os principais objetivos da Comissão de Eventos Adversos, que teve sua implementação iniciada durante uma reunião realizada na última quarta-feira (11).
Participaram a prefeita Vera Costa, secretários e servidores das Secretarias Municipais e Defesa Civil, representantes da Polícia Militar Ambiental, do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), dos conselhos municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS) e de Meio Ambiente (COMDEMA), dos sindicatos Rural e dos Trabalhadores Rurais, além de empresários da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Guaçuí (Acisg). Fazem parte da comissão, ainda, a Câmara Municipal e o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf).
Com a Comissão de Eventos Adversos implementada, a ideia é reunir informações importantes sobre a produção agropecuária, comércio local, aspectos climáticos, e outros dados que permitam propor soluções para às catástrofes naturais. Cada setor envolvido irá contribuir com ideias, experiências e projetos que serão analisados e se foram viáveis executados.
Neste encontro foi apresentado o diagnostico da situação do município e iniciadas as discussões de medidas de curto, médio e longo prazo, direcionadas a amenizar os impactos e prejuízos registrados na zona urbana e rural, em função da estiagem que o município enfrenta desde outubro de 2014. A próxima reunião será realizada no dia 25 de março e a previsão é que conversas mensais sejam feitas.
A prefeita Vera Costa destacou a situação que o município enfrenta com um dos piores períodos de estiagem. “O levantamento feito mostrou perdas e prejuízos ultrapassando os R$ 18 milhões e isso representa muito para um município como Guaçuí, que já arrecada pouco. A Comissão de Eventos Adversos terá papel importante para reduzirmos o impacto dessa e de outras situações severas no município ”, pontuou a prefeita.
Calamidade
Informações pluviométricas mostram a situação de seca que Guaçuí está enfrentando. Entre janeiro e dezembro de 2013 o volume de chuva foi de 1.679,30 mm, já de janeiro a dezembro de 2014, foram 753,20 mm. Entretanto, o que tem preocupado a administração municipal é a comparação do volume de chuva nos meses de janeiro de 2013 (271,10 mm), 2014 (64,30 mm) e 2015 (4,00 mm). Os números comprovam a pequena quantidade de chuva que tem caído no município.
Por conta da falta de chuva, os danos no campo são visíveis. As estimativas de produção e perdas das principais culturas do município podem ser vistas no quadro abaixo, com dados apurados entre novembro de 2014 e janeiro de 2015.
ATIVIDADES
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PRODUÇÃO ESPERADA
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PERDA (%)
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VALOR (R$)
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Café
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107.740 sacas
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45
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13.623.723,00
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Olericultura
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3.792.651 kg
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35
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1.737.057,66
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Fruticultura
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1.312.422 kg
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20
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879.530,08
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Milho
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15.135 sacas
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60
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308.754,00
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Leite
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8.253.000 litros/anos
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30
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165.060,00
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Feijão
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633 sacas
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40
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45.600,00
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Floricultura
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1920 dúzias
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30
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8.640,00
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TOTAL
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18.271.337,14
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FONTE: Ibge, 2015, Incaper – ELDR de Guaçuí, Centro de Comércio de Vitória, 2015, Ceasa-ES, 2015.
Algumas iniciativas foram tomadas pela administração municipal, como a decretação de situação de emergência e a consequente restrição do uso da água fornecida pelo Saae, evitando desperdícios na área urbana. Além disso, foi realizado o transporte de cana-de-açúcar para alimentar o gado criado em Guaçuí e caminhões-pipa foram utilizados para levar água tratada a algumas propriedades rurais mais afetadas.
Outra medida importante tomada foi a decretação, no mês de fevereiro, de situação de calamidade, devido a forte estiagem. Os dados e valores apurados foram enviados ao Governo do Estado do Espírito Santo para homologação e validação, o que vai caracterizar a calamidade e permitir que o município realize ações de ajuda às áreas afetadas com maior agilidade.
fonte:www.guacui.es.gov.b
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