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Com melhor produtividade, o milho renasce no Rio de Janeiro

Programa Rio Milho leva incentivo aos produtores fluminenses com variedades mais produtivas e de manejo mais simples

por Fernanda Zandonadi

em 25/07/2022 às 9h07

3 min de leitura

Com melhor produtividade, o milho renasce no Rio de Janeiro

Foto: divulgação

O milho no Estado do Rio de Janeiro está num crescendo de produtividade, passando de 2,6 mil quilos por hectare em 2016 para 4,7 mil quilos por hectare em 2020. A produção alcançou, em 2020, 7,8 mil toneladas do grão. Os municípios mais representativos são Macaé, que responde por 52,89% do que foi entregue ao mercado, seguido por Varre-Sai (19,07%), Porciúncula (4,58%) e Bom Jardim (3,66%).

No Estado, há 624 produtores de milho atualmente. A maioria é da agricultura familiar, onde a produção é usada na propriedade especialmente para a alimentação animal. De acordo com Lucia Valentini, pesquisadora da Pesagro-Rio, o trabalho para manter a produtividade da lavoura passa por recomendação de cultivares mais produtivos e que melhor se adaptam às regiões produtoras. “As tecnologias são muitas, como adubação, manejo de pragas e doenças, entre outras. E há a indicação de cultivares mais produtivas”.

Foto: divulgação

O projeto Rio Milho também é um importante fomentador da cultura. Lançado no segundo semestre de 2021, o projeto piloto foi em Quissamã, onde foram utilizadas as variedades IPR 164, BRS Caimbé e AL Bandeirante, enquanto outra variedade, a Cativerde, recomendada para milho verde e adquirida pela Pesagro, está sendo avaliada em duas propriedades do município. Os próximos passos são a produção de biofertilizante natural, uma alternativa para minimizar o uso de fertilizantes químicos e agrotóxicos, por conter organismos vivos que ajudam na nutrição da planta, e na resistência natural ao ataque de pragas e doenças.

“Conseguimos uma variedade de milho verde e os produtores gostaram tanto do milho para papa quanto para silagem. Ensinamos a fazer a multiplicação para ele ter a variedade por três anos seguidos, sem precisar comprar sementes. É uma variedade que pode ser multiplicada sem perder as características. Diferente do híbrido que, ao usar a semente numa segunda safra, perde cerca de 20% do  potencial de produtividade por safra. A variedade que indicamos para pequenos e médios produtores têm produtividade semelhante ao híbrido”, salienta. 

E o milho verde é um bom fomentador de renda no campo, avalia a pesquisadora. “O retorno econômico é maior com milho verde, além disso, o produtor está vendo essa variedade como uma possibilidade de usar a planta para silagem ou forragem”. 

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