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Gerenciar recursos familiares vai além do orçamento, impacta também na forma como são tratados os recursos naturais, água, meio ambiente e segurança alimentar. E a comunidade de Santo Amaro, no município de Itapemirim, vivenciou durante dois dias, aprendizados com o curso ‘Administração de recursos da família’ que proporcionou o embasamento da administração dos gastos pessoais e suas produções comercializadas.
A atividade foi uma iniciativa do Escritório Local de Desenvolvimento Rural (ELDR) do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) em Itapemirim, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
A demanda partiu das mulheres que já participam de feiras e de outras atividades geradoras de renda e que perceberam a necessidade de organizar seus gastos, entender a parte econômica do negócio para controle da gestão da agroindústria, a administração das suas atividades e finança pessoal.
Além da comunidade de Santo Amaro, o escritório do Incaper em Itapemirim já realizou atividades de orçamento doméstico e consumo consciente também em escolas com alunos de povos tradicionais, como o caso da EEEF Graúna – Educação Quilombola no município.
Essas pessoas têm suas próprias produções: vendem bolos, artesanatos, e também atuam na agricultura. Homens e mulheres trabalham nessas atividades, e muitas delas — especialmente as mulheres envolvidas na produção agrícola — têm interesse em aprender sobre contabilidade e gestão dos recursos financeiros do ambiente doméstico. “Isso ajuda a compreender melhor a produção que nasce desse universo, sobretudo aquela realizada pelas mulheres”, destaca Angélica Carvalhais, extensionista do Incaper no município.

O curso é voltado para pessoas adultas, mas já foi realizado também com adolescentes. A proposta é bastante prática, pois o consumo faz parte da vida de todos os membros da família. Por isso, trabalhar a administração dos recursos financeiros considerando toda a cadeia familiar se torna essencial. “Crianças, adultos, idosos — mulheres e homens — todos consomem, e essas necessidades têm se intensificado, reforçando a importância de organizar a gestão dos próprios empreendimentos e das formas de produção. Gerir bem esse negócio é fundamental, inclusive, para garantir a continuidade da atividade no futuro”, reforça Angélica




