Cooperativas criam federação para fomentar cafés do ES

Um dos objetivos é promover a gestão, o controle e a defesa das Indicações Geográficas (IGs) dos cafés capixabas

Foto: Gabriel Lordêllo (Mosaico Imagem)/AssCom Coopeavi

Quatro cooperativas estão se unindo de forma inédita para promover a cadeia produtiva cafeeira e garantir a rastreabilidade dos cafés capixabas. No próximo dia 3 de julho, em Vitória, Cooabriel, Coopeavi, Coopbac e Cafesul vão formalizar a criação da Federação dos Cafés do Espírito Santo (Fecafés).

A entidade a ser constituída terá abrangência estadual e vai congregar não somente cooperativas, como também associações ligadas à cafeicultura. Segundo uma fonte, o nome mais cotado para a diretoria é o de Luiz Carlos Bastianello, presidente da Cooperativa Agrária de Cafeicultores de São Gabriel (Cooabriel). A iniciativa tem parceria com
Incaper, Cetcaf, Sebrae, OCB/ES, Embrapa Café, Inovates e apoio do Sicoob/ES.

Além da promoção dos cafés do Estado, a Fecafés vai atuar na gestão, no controle e na defesa das Indicações Geográficas (IGs) já em andamento em três territórios, que são: Caparaó, Montanhas do Espírito Santo e Conilon Capixaba (Norte).

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebra-ES) licitou os projetos junto ao Instituto de Inovação e Tecnologias Sustentáveis (Inovates). Tratam-se das primeiras iniciativas na busca de identificar, registrar e proteger as qualidades únicas dos cafés do Estado.

De acordo com o diretor do Inovates, Gabriel Beliqui, a IG dos Cafés do Caparaó já foi protocolada e está sendo analisada pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). A previsão é do reconhecimento formal até 2020.

Já no caso das indicações para os cafés das Montanhas e o Conilon, os projetos estão em fase de estruturação.

IG
A Indicação Geográfica identifica a origem de serviços e produtos quando a localidade tenha se tornado conhecida ou quando o produto carrega alguma característica que remete à sua origem.

No Brasil, pode ser concedida em duas modalidades: a indicação de procedência aponta o nome do local que se tornou conhecido por determinada produção, e a denominação de origem, que se refere ao local que passou a designar produtos que carregam suas características geográficas. (*Atualizada às 19h44 de 1º de julho)

Sobre o autor Leandro Fidelis Formado em Comunicação Social desde 2004, Leandro Fidelis é um jornalista com forte especialização no agronegócio, no cooperativismo e na cobertura aprofundada do interior capixaba. Sua trajetória é marcada pela excelência e reconhecimento, acumulando mais de 25 prêmios de jornalismo, incluindo a conquista inédita do IFAJ Star Prize 2025 para um jornalista agro brasileiro. Com experiência versátil, ele construiu sua carreira atuando em diferentes plataformas, como redações tradicionais, rádio, além de desempenhar funções estratégicas em assessoria de imprensa e projetos de comunicação pública e institucional. Ver mais conteúdos