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O Rio Grande do Sul é um dos grandes celeiros nacionais. O Estado é o segundo maior produtor de soja do país, o principal produtor de arroz, tem grande expressão na produção de milho, na avicultura e suinocultura, entre outras atividades agropecuárias. As fortes chuvas que atingiram as terras gaúchas nas últimas semanas causaram perdas sem precedentes. Centenas de mortos, feridos e desaparecidos e grandes danos a toda infraestrutura da região. No campo, não foi diferente. Nas redes sociais os agricultores mostram as plantações dizimadas e a terra lavada, cheia de pedras e entulhos.
Soja
De acordo com um boletim elaborado pela Cogo Inteligência em Agronegócio, parte da produção agrícola do Estado está perdida. No caso da soja, o excesso de umidade tende a elevar a acidez do óleo de soja, o que pode reduzir a oferta de boa qualidade deste subproduto, especialmente para a indústria alimentícia. “No Brasil, já foram colhidos 90,5% da área de soja da safra 2023/2024. O Sul é a região com as atividades de campo mais atrasadas. No Rio Grande do Sul, os trabalhos de colheita estavam em 70% da área total até o início das inundações. Dificilmente não haverá perdas de produção”, informaram, ressaltando ainda os problemas logísticos, que tendem a agravar ainda mais a situação.
Milho
Já a colheita de verão do milho (1ª safra 2023/2024), foi paralisada devido ao excesso de chuvas e aos alagamentos em diversas regiões do Estado. “No resto do País, as atividades seguem em bom ritmo. A colheita atingiu 83% da área total cultivada até o dia 2 de maio. A área total plantada com milho na 1ª safra 2023/2024 no Rio Grande do Sul é de 6,673 milhões de hectares. Os 27% que ainda não haviam sido colhidos representam cerca de 220 mil hectares e 1,4 milhão de toneladas. Ainda não é possível estimar de forma precisa o quanto deste montante está perdido. Esse volume sob condição de risco representa 6% da 1ª safra estimada para o país, de 23,3 milhões de toneladas”.
Arroz
O Rio Grande do Sul é o principal estado produtor de arroz do Brasil. As intensas chuvas têm o potencial de reduzir significativamente as rendas dos orizicultores do Estado. “Trazem também preocupação com o abastecimento no Brasil. A colheita, que já estava bastante atrasada em relação a anos anteriores, pode ser ainda mais prejudicada. As recentes tempestades deixaram as lavouras debaixo d’água, inviabilizando as atividades de campo. Além disso, algumas estradas estão interditadas, o que também dificulta o carregamento do cereal. Esse cenário aumenta as incertezas quanto à produtividade da safra 2023/2024”, informaram.
Suinocultura
As chuvas também têm dificultado o acesso dos suinocultores a rações para alimentar os animais. “O problema é provocado pela destruição da infraestrutura de estradas, pontes e acesso às propriedades. A dificuldade em conseguir chegar com ração e outros insumos essenciais às propriedades é enorme. A situação é agravada pela localização das fábricas de ração, concentradas principalmente na região do Vale do Taquari, uma das áreas mais afetadas pelas chuvas e enchentes. A infraestrutura das propriedades produtoras de suínos, em sua maioria, foi pouco afetada pelas chuvas. Em termos dos pavilhões e das criações, poucas foram atingidas pelas águas da enchente. Foi algo pontual, com pouco prejuízo em infraestrutura ou aos animais. O grande problema está sendo a logística”.
Avicultura
A avicultura também foi atingida. Com rodovias e pontes interditadas, o transporte do produto para atender à demanda está comprometido. “Além disso, produtores relatam dificuldade em adquirir insumos, como rações e, também, embalagens e caixas, no caso de ovos. Algumas propriedades de produção avícola foram danificadas e agentes ainda estão à espera de que a situação seja normalizada para que os prejuízos sejam calculados”, informou a publicação.





