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Cooperativismo

Da jardinagem à floricultura de sucesso em Venda Nova do Imigrante

Um exemplo inspirador de como a visão empreendedora e o crédito cooperativo podem transformar uma simples ideia em negócio de sucesso

por Leandro Fidelis

em 30/10/2023 às 0h30

4 min de leitura

Da jardinagem à floricultura de sucesso em Venda Nova do Imigrante

(*Fotos: Leandro Fidelis/Imagem com direito autoral. Proibida reprodução sem autorização)

Em Venda Nova do Imigrante, Adelson Maranguanhe, o “Dedel”, a mulher, Izaura Botacin e a filha dela, Vanessa, migraram da prestação de serviços de jardinagem para o negócio próprio de venda de plantas e enfeites para quintais. Mas o ponto comercial não estava lá “aquela Brastemp” para atender a clientela cada vez mais exigente e imersa no assunto, principalmente depois da pandemia, quando cuidar de plantas se tornou um dos principais hobbies do isolamento.

A história do trio é um exemplo inspirador de como a visão empreendedora e o crédito cooperativo podem transformar uma simples ideia em negócio de sucesso. Tudo começou quando Dedel e Izaura eram empregados, e ela frequentemente recebia pedidos para fazer trabalhos de jardinagem devido à sua paixão por plantas e jardins. Dedel, que trabalhava por escalas, ocasionalmente a acompanhava nessas atividades, mesmo que inicialmente não compartilhasse do mesmo entusiasmo.

Com o tempo, ele foi se acostumando e desenvolvendo gosto pelo trabalho de jardinagem. Foi assim que, há nove anos, o casal decidiu dar um passo corajoso e abrir a própria empresa de jardinagem em Venda Nova do Imigrante. Inicialmente, compravam plantas de outras floriculturas para atender à demanda dos clientes, mas não obtinham muito lucro com essa abordagem. Foi então que surgiu a ideia de fomentar o comércio de plantas, o que lhes permitiria aumentar os ganhos.

Os empreendedores adquiriram alguns vasos no Rio de Janeiro e usaram o quintal do pai de Dedel como depósito. Rapidamente, a demanda começou a crescer à medida que as pessoas passavam e viam suas plantas. Com o sonho da floricultura em mente, o casal decidiu arrendar um terreno na Tapera, onde montou uma pequena estufa às margens da estrada, conhecida pelos destinos de agroturismo e a apenas 60 metros da BR-262. Naquela época, o crisântemo era uma das plantas mais populares que eles vendiam, especialmente durante o feriado de Finados.

No entanto, o ponto de virada veio com a pandemia, quando muitas pessoas começaram a se interessar por suculentas, flores em vasos, mudas de canteiro e outras variedades. A experiência anterior do casal na jardinagem lhe deu uma visão única sobre as tendências e as preferências dos clientes em relação às plantas e acessórios de jardim, e eles começaram a vender produtos mais alinhados com essa demanda, incluindo enfeites de jardim como os icônicos “Branca de Neve e os Sete Anões”, que não eram fáceis de achar na cidade.

Hoje, a Floricultura Tapera oferece mais de 800 variedades de plantas, incluindo mudas de flores e citros em sacolas, plantas em vasos, móveis e objetos de decoração para jardins. Após uma reforma e aprimoramento das instalações, eles passaram a trabalhar nos fins de semana, atraindo principalmente clientes de fora da cidade que cortam a rodovia federal.

Para conquistar mais clientes e melhorar ainda mais o negócio, eles reconheceram a necessidade de recursos financeiros adicionais e optaram por buscar um empréstimo. O trio conheceu a recém-formada equipe do Sicredi e conseguiu condições mais favoráveis, incluindo juros mais baixos e suporte adicional, como uma maquininha de cartão própria da cooperativa. A mudança significativa das instalações e operações da Floricultura Tapera ajudou a transformar sua visão em realidade. “O Sicredi me trouxe a solução que precisávamos e nos atendeu muito bem para custear a reforma da floricultura”, diz Vanessa.

Dedel, Izaura e Vanessa são MEIs e reconhecem o impacto positivo do cooperativismo nas suas vidas. “O cooperativismo faz muita diferença na vida dos MEIs, facilita e agiliza conquistarmos o que precisamos para o negócio. Se a gente não consegue ir até eles, eles vêm até a gente ou resolvemos tudo por telefone”, finaliza Dedel.

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