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Na tarde do último sábado (17), a Associação de Produtores de Cafés Especiais (Apec), em parceria com o Sebrae ES e Sicoob Credisudeste, além da coordenação técnica do Incaper e Ifes, lançou oficialmente o Selo de Denominação de Origem (DO) do Caparaó para os cafés especiais da região. Os produtores dos primeiros cafés selados receberam os certificados que dão o direito de ter o selo em suas sacas de café, trazendo toda a informação da origem do produto.
A presidente da Apec, a cafeicultora Cecília Nakao, lembrou que, para chegar até o lançamento do selo, foram quase nove anos de muito trabalho que começou no primeiro semestre de 2014, com um diagnóstico organizado pelo Sebrae/ES. “Começamos com 15 municípios, sendo nove do Espírito Santo e outros seis de Minas Gerais, e depois (São José do Calçado) entrou, totalizando 16 municípios”, recordou.
Para fazer o pedido de reconhecimento para ter o selo, o produtor precisa seguir o que está no Caderno de Especificações Técnicas e ser aprovado em assembleia da Apec. A pontuação mínima do café é de 80 pontos, conforme a escala de classificação estipulada no mercado. E, além do lançamento do selo, no evento, também foi apresentada a aplicação do projeto de Branding da Denominação de Origem, realizado pela parceria da Apec, Sebrae/ES e Sicoob Credisudeste.
O cafeicultor Afonso Donizete Abreu Lacerda, de Dores do Rio Preto, campeão do Coffee of the Year, da Semana Internacional do Café (SIC), de Belo Horizonte, em 2016 e 2018, recordou que a região do Caparaó era conhecida como lugar de café ruim, mas isso mudou com muito trabalho. “Isso mudou, começando devagar com um grupo de produtores, para depois começarem a chegar os títulos, mas, para isso, é preciso trabalhar, fazer o produto para poder vender, porque não tem como vender o que você não tem, ou seja, tem que produzir primeiro para apresentar seu produto e ganhar a confiança do comprador”, ressaltou.
O representante do Ifes de Alegre, João Batista Pavesi, e o chefe do Incaper de Guaçuí, Maxwell Souza, anunciaram a entrega dos Selos de Denominação de Origem. Os dois órgãos foram responsáveis pelas questões técnicas do trabalho. Eles fizeram uma entrega simbólica para o cafeicultor Zeto Amaral, da comunidade de Fátima, Espera Feliz (MG), e também com convívio em Pedra Menina, Dores do Rio Preto (ES), destacando que o selo traz um QR Code pelo qual o comprador consegue acessar e rastrear as informações sobre a origem do café, onde e por quem é produzido. “Então, isso vai além da pontuação do produto, porque conta a história e mostra a integração de dois estados”, afirmou Maxwell Souza.
Zeto Amaral, que teve o primeiro café selado, agradeceu a oportunidade e destacou a importância da união da região. “O café fez isso tudo acontecer e temos que estar unidos, partilhar o conhecimento, para a região se tornar cada vez mais forte e conhecida”, afirmou. Segundo informações dos organizadores, haverá um leilão virtual dos cafés que receberam o selo.




