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O cafeicultor Gilberto Brioschi e a família tocam o Sítio Retiro do Ipê, na localidade de Providência, a 5 km do centro de Venda Nova do Imigrante. Até 1976, a propriedade de 20 hectares só produzia feijão e vacas de leite, quando os vizinhos aconselharam a família plantar café.
Quando os pés ainda estavam em fase de desenvolvimento, dois anos depois uma tempestade de granizo destruiu completamente a lavoura. “O padre nos disse: Deus sabe o que faz ”, lembra Brioschi.
Naquela época, a família tinha por tradição “ruar ” o café, jogá-lo sobre o chão, onde permanecia por oito dias, e depois era varrido misturado à terra para dentro da tulha. A partir de 1998, os Brioschi passaram a cultivar lavouras adensadas e “ruar ” ficou mais difícil.
“Quando começamos a descascar em 2001 foi uma revolução. A colheita passou a ser seletiva, não se jogava mais café no chão, e só usávamos peneira e lona. Desde então, estamos sempre aprendendo e aperfeiçoando, porque cafeicultura de qualidade não é ciência exata ”, declara Gilberto, que tem no pai Clarindo uma referência.
Logo no primeiro ano despolpando, os cafeicultores venderam 120 sacas para a Real Café (Tristão), cujas amostras concorreram a um prêmio estadual e alcançaram o segundo lugar. O prêmio, de R$ 15 mil em dinheiro, foi todo investido na produção de cafés finos. Os Brioschi estiveram até no ranking dos 80 melhores cafés do Brasil.
Para Brioschi, o segredo da qualidade é uma soma de fatores. “Café especial é aquele que madura depois do Dia de Nossa Senhora Aparecida (12 de outubro). Nós fazemos a nossa parte, mas o resto é coisa da natureza, coisa de Deus ”.
Casado com Elisângela Filete, o cafeicultor é pai de um casal de filhos, entre elas a primogênita Priscila. Braço direito do pai na administração dos negócios na propriedade, a administradora comanda, junto com a mãe e a avó paterna, uma agroindústria que funciona dentro do sítio e é destino famoso de agroturismo pela produção de socol e queijos.

(*Foto: Leandro Fidelis)
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