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O gengibre brasileiro e, em especial, o capixaba, consolidou sua presença no mercado internacional ao longo da última década. Quem explica esse avanço é Wanderley Stuhr, produtor e exportador com larga experiência no comércio exterior da raiz. Segundo ele, o rizoma nacional ganhou espaço à medida que a China, até então dominante, enfrentou problemas de produção.
Mas a trajetória de ascensão sofreu um baque em 2025. O aumento tarifário imposto pelos Estados Unidos (uma sobretaxa de 40% aplicada a diversos itens do agronegócio brasileiro) praticamente paralisou as exportações.
“O tarifaço tornou o período um dos mais difíceis dos últimos anos. Perdemos completamente o mercado americano, não vendemos nada. A maior parte do gengibre acabou indo para a Europa, que não absorveu todo o volume. O mercado ficou saturado e, como consequência, os preços caíram”, relata Stuhr.
A tarifa adicional foi retirada no final de novembro, beneficiando não apenas o gengibre, mas também culturas como café, pimenta e cacau. Ainda assim, o impacto foi pesado, já que o setor enfrentou quase quatro meses de taxação elevada. Mesmo com o alívio, a medida veio tarde para o planejamento da safra. “O problema é que caiu quando a safra já tinha acabado. E exportar fora de época, por via marítima, é muito arriscado. O gengibre perde qualidade e estraga mais rápido”, explica o exportador.
Apesar das turbulências, o setor olha para frente com otimismo. O aumento do plantio em 2025 deve refletir em uma oferta mais robusta no ano seguinte. “A maior de produção virá em 2026, porque o plantio deste ano cresceu. Agora precisamos acompanhar o desenvolvimento das lavouras. Se tudo correr bem, teremos uma safra mais robusta. E, como as portas da exportação continuam abertas, 2026 tem potencial para ser um ano muito bom”, projeta.
O desempenho do gengibre, seus desafios, oportunidades e projeções, estará detalhado no Anuário do Agronegócio Capixaba 2025, que será lançado ainda este mês. Uma análise completa sobre a cadeia produtiva e sua importância para o Espírito Santo estará disponível para produtores, técnicos, cooperativas e leitores interessados na força do agronegócio estadual.





