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Agro Rio de Janeiro

O cinturão verde que alimenta o Rio de Janeiro

A Região Serrana levou para a Ceasa-RJ aproximadamente 148,4 milhões de toneladas de alimentos. Em 2020, foram 169 milhões de toneladas

por Fernanda Zandonadi

em 05/08/2022 às 7h48

3 min de leitura

O cinturão verde que alimenta o Rio de Janeiro

Foto: divulgação

Há muitas bocas para alimentar no Estado do Rio de Janeiro. E não é tarefa simples colocar comida na mesa de mais de 17 milhões de habitantes. Mas os municípios da Região Serrana do Estado realizam essa tarefa com maestria. Para dar uma ideia, entre todas as culturas, as terras fluminenses só são autossuficientes em hortifrúti. É do chamado Cinturão Verde, que engloba os municípios de Sumidouro, Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Bom Jardim, São José do Vale do Rio Preto, entre outros. 

Das terras dessas cidades saem variedades diversas de alface, couve manteiga, couve flor, brócolis, bertalha, acelga, agrião, repolho, salsa, cebolinha, coentro, espinafre, alho poró, chicória, espinafre, rúcula e alguns legumes, todos para abastecer o mercado fluminense. Em 2021, a Região Serrana levou para a Ceasa-RJ aproximadamente 148,4 milhões de toneladas de alimentos. Em 2020, foram 169 milhões de toneladas.

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Foto: divulgação

Segundo Rozana Moreira Pereira de Lima, chefe da divisão técnica da Ceasa-RJ, a produção é constante e dá conta de abastecer todo o mercado. No entanto, esses produtores também sentiram o impacto da pandemia do novo coronavírus, que começou em 2020. “Embora os produtores não parassem a produção, houve queda na entrega até por causa do trânsito das mercadorias. Muitos produtores também ficaram doentes, o que reduziu a colheita”, explica.

Com o fechamento de restaurantes e feiras, a demanda do consumo diminuiu. Além disso, com os estudantes em casa, houve menos procura dos produtos para a alimentação escolar. Em hortifrutigranjeiros, salienta, a queda foi entre 20% e 25% em 2021.

Foto: divulgação

“No período mais restritivo, não teve comprador. E, como não havia consumo, houve queda na oferta. Os produtores optaram por levar menos produtos à Ceasa, até para não terem gastos a mais com o transporte e não ter saída de mercadoria”, avalia.

A alternativa, segundo Rozana, foi buscar novos mercados. “Muitos optaram pelo e-commerce, entregando cestas de alimentos nas casas e fazendo acordos diretos com supermercadistas. Foi uma mobilização imensa. Tanto que tivemos um aumento significativo na venda de embalagens na Ceasa. Isso significa que as pessoas estavam buscando renda com a venda de refeições”, finaliza.

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