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Agricultura

Expansão do cultivo de abacaxi é discutido em oficina do Pedeag

por Assessoria de Comunicação da Seag

em 26/07/2023 às 7h03

4 min de leitura

Expansão do cultivo de abacaxi é discutido em oficina do Pedeag

Foto: divulgação Seag

Famoso em todo o Brasil, o abacaxi de Marataízes alavanca a fruticultura capixaba e gera emprego e renda para diversas famílias. E para potencializar ainda mais a produtividade no município e expandir o cultivo para outras regiões do Espírito Santo, Marataízes recebeu, nesta terça-feira (25), uma oficina técnica para colaboração no Plano de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba (Pedeag 4).

No encontro – realizado na sede da Secretaria Municipal de Agricultura –, produtores, especialistas e representantes do setor debateram o cenário da cadeia produtiva. O objetivo final foi estabelecer metas e propor ideias para desenvolver a produção de abacaxi nos próximos dez anos. As diretrizes vão entrar no Pedeag 4, que está sendo coordenado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag).

A produção de abacaxi gerou R$ 125 milhões aos produtores capixabas no ano de 2022, com 46 milhões de unidades produzidas, de acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Espírito Santo é o 10º maior produtor da fruta no Brasil.

A produção concentra-se em 97% no litoral sul capixaba, com destaque para Marataízes, responsável por 58% da produção estadual, e Presidente Kennedy (32%). Também se destacam na quantidade produzida os municípios de Itapemirim, São Mateus e Jaguaré, na sequência.

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Segundo estudos de zoneamento climático, praticamente todo o Espírito Santo tem condições climáticas ideais para a produção do abacaxi, com grande possibilidade de expansão do cultivo para regiões que ainda não desenvolvem tanto a cultura.

“A fruticultura tem sido uma fonte de diversificação das atividades agrícolas no Espírito Santo, contribuindo para a geração de trabalho e renda no campo. Boa parte da produção da fruticultura passa pela agricultura familiar. Algumas culturas na fruticultura chegam a ter 95% de estabelecimentos de agricultura familiar, no caso do abacaxi, 90%. Com diálogo vamos continuar trabalhando para o aumento da produtividade e competitividade dessa cadeia produtiva no intuito de expandir ainda mais o seu cultivo de forma sustentável”, pontuou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.

Na oficina do Pedeag, os participantes identificaram as forças, as oportunidades, a fraqueza e as ameaças da cadeia produtiva. De acordo com o pesquisador do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Luiz Carlos Caetano, a grande oportunidade para essa cadeia produtiva está relacionada a importantes características da abacaxicultura em Marataízes, que é a tradição e experiência no cultivo da fruta, assim como a qualidade e o prestígio do abacaxi do município.

“Mas também temos desafios pela frente, como o aumento da adoção de tecnologias por parte dos produtores, com melhorias no sistema de cultivo visando ao aumento de produtividade de frutos com padrão adequado ao mercado”, acrescentou.

 

Encontros

Os encontros para a colaboração na elaboração do Pedeag 4 vão até o dia 18 de agosto. Ao todo, serão 40 encontros, entre oficinas e reuniões técnicas, abrangendo as cadeias produtivas de maior representatividade para o Estado. Os encontros técnicos contam com metodologias participativas para discutir e propor ações que serão inseridas no Pedeag 4, que ficará em vigor até 2032. O intuito é planejar ações e iniciativas que buscam alavancar o setor com políticas que promovam o desenvolvimento sustentável e tecnológico da agropecuária capixaba.

São discutidos temas transversais, como agricultura familiar, mudanças climáticas, crédito rural, mulheres no agro, logística, sucessão familiar e comunicação no agro. As oficinas vão ocorrer em diferentes municípios do Espírito Santo, valorizando a participação das lideranças do agro capixaba e almejando ampliar os horizontes, por meio do conceito de inovabilidade.

Também é possível participar da construção do plano de forma on-line, acessando o site da Seag (seag.es.gov.br) e clicando no banner do Pedeag 4.

 

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