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O Espírito Santo deu um passo estratégico rumo à consolidação de uma política ambiental de longo prazo ao realizar, nessa segunda-feira (1º) e nesta terça-feira (02), um amplo encontro multissetorial para a construção do Plano Estadual de Recuperação da Vegetação Nativa. A iniciativa, coordenada pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), reuniu representantes de 58 instituições, incluindo órgãos públicos, universidades, prefeituras, setor privado, ONGs e sociedade civil.
A etapa participativa teve como principal objetivo coletar contribuições que subsidiem a formulação de uma estratégia integrada e eficaz para a restauração ecológica em todo o território capixaba. O diálogo robusto reforça o compromisso da Seama em construir políticas públicas ancoradas na participação social, na ciência e na articulação institucional.
A mobilização estadual acompanha o movimento nacional inaugurado com o lançamento do Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (PLANAVEG), em outubro de 2024, que estabeleceu a meta de recuperar 12 milhões de hectares em todo o Brasil. Para garantir alinhamento estratégico e fortalecer iniciativas já existentes, o Estado criou, em 2025, um Grupo de Trabalho interinstitucional envolvendo Seama, a Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) e o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), com apoio técnico do WWF-Brasil.
O Espírito Santo parte de uma base sólida. Um dos destaques é o Programa Reflorestar, referência nacional em Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), que já beneficiou mais de 5,5 mil famílias de agricultores, recuperando mais de 12 mil hectares e mantendo outros 13 mil hectares de vegetação nativa. Outra ferramenta essencial é o Cadastro Ambiental Rural (CAR), conduzido pelo Idaf, no qual o Estado se destaca nacionalmente pela qualidade das análises e pelo uso do cadastro como instrumento de diagnóstico ambiental das propriedades rurais.
De acordo com o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Felipe Rigoni, o sucesso do plano dependerá de três pilares fundamentais: “Governança participativa, financiamento diversificado e integração das ações existentes serão a base para ampliarmos a escala da restauração no Espírito Santo. Estamos construindo uma agenda unificada, capaz de gerar mais floresta, mais água e mais biodiversidade para as próximas gerações”, esclareceu.
A previsão é de que o plano estadual seja concluído no primeiro trimestre de 2026, consolidando uma política pública estruturante para orientar investimentos, parcerias e ações de recuperação da vegetação nativa ao longo dos próximos anos.
Para o coordenador do Programa Reflorestar, Gabriel Nunes, o avanço é resultado direto da integração das políticas ambientais: “O plano conecta iniciativas, potencializa resultados e coloca o Espírito Santo em um novo patamar na agenda da restauração ecológica”.
Com forte protagonismo da Seama e ampla participação social, o Espírito Santo se prepara para estabelecer um marco histórico na conservação ambiental e no enfrentamento às mudanças climáticas no país.




