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Brejetuba acaba de alcançar um marco inédito para a cafeicultura capixaba: 33 propriedades de café arábica do município foram oficialmente certificadas nos níveis mais altos de sustentabilidade previstos pelo Projeto Cafeicultura Sustentável. Seis delas atingiram o nível 5, com notas acima de 90 pontos, e outras 27 alcançaram o nível 4, com pontuações entre 81 e 90.
O desempenho reflete o avanço dos produtores na adoção de práticas alinhadas a protocolos internacionais, avaliadas por meio de 39 indicadores distribuídos nos eixos econômico, ambiental e social. Entre os critérios analisados estão manejo integrado de pragas e doenças, análises de solo e folha, conservação e uso racional da água, proteção de nascentes, regularização de áreas de preservação permanente, conformidade com normas de desmatamento zero, além das condições de trabalho, renda e acesso das famílias a serviços essenciais.
Somente propriedades com nota acima de 60, classificadas a partir do nível 3, recebem a certificação, considerada um selo de competitividade para mercados que exigem rastreabilidade, responsabilidade socioambiental e conformidade com padrões internacionais.
Segundo o coordenador de Cafeicultura do Incaper e do projeto, Fabiano Tristão, a certificação é mais do que um reconhecimento. “As propriedades passam a ter um diagnóstico claro de seus pontos fortes e do que precisam melhorar. Isso orienta a tomada de decisões, fortalece a gestão, reduz riscos ambientais e econômicos e impulsiona a produtividade. É um diferencial competitivo que começa na propriedade, mas se estende por toda a cadeia produtiva”, afirmou.
Cerimônia marca entrega das primeiras certificações
A entrega oficial dos certificados ocorreu na última sexta-feira (28), em Brejetuba, durante a 1ª Feira do Agronegócio e o 18º Encontro de Cafeicultores. O evento reuniu produtores, lideranças e técnicos do Governo do Estado, responsável pela iniciativa por meio da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) e do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper).
Para o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, o resultado reforça a força da cafeicultura de Brejetuba. “O município respira café. É o maior produtor de arábica do Espírito Santo. A certificação mostra que a cafeicultura capixaba está preparada para os mercados mais exigentes, resultado de políticas públicas construídas em parceria com municípios e representações dos produtores”, destacou.
Produtora alcança a maior nota
A maior pontuação desta etapa foi conquistada pela agricultora Maira Zulcom Meneguetti Venâncio, do Sítio Rancho Dantas, que obteve 96,79 pontos. Ela relata que o projeto acelerou a adoção de melhorias estruturais e ambientais, como fossa séptica, proteção de nascentes e uso de despolpador.
“Esse certificado é motivo de muito orgulho para nós. Sustentabilidade não é uma escolha, é uma obrigação. Devemos cuidar do que é nosso”, afirmou. A produtora também pretende incluir na embalagem do café um selo com a nota de sustentabilidade, agregando valor ao produto.
Avanço da sustentabilidade no campo
Com investimento de R$ 4,9 milhões do Governo do Estado, o Projeto Cafeicultura Sustentável integra o Programa Inovagro e já atende cerca de 6 mil produtores em diferentes estágios de adequação. A meta é apoiar 8 mil propriedades até 2027, oferecendo diagnósticos individuais, planos de ação personalizados e acompanhamento técnico contínuo.




