Fraude no café

Empresários, policial e corretores: 14 têm prisão mantida por fraude no comércio de café

Audiências de custódia confirmam prisões preventivas de envolvidos em suposto esquema de fraudes fiscais no mercado de café

Fraude café Operação Recepa
Foto: MPES/divulgação

As prisões preventivas de 14 pessoas detidas durante a Operação Recepa foram mantidas em audiências de custódia realizadas nesta sexta-feira (28/11). As detenções ocorreram em Serra, Guaçuí, Linhares, Rio Bananal, Colatina e Governador Lindenberg, no Espírito Santo, além de Muriaé (MG) e Aracaju (SE). Duas pessoas seguem foragidas.

Segundo o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), os presos incluem empresários, corretores de café, contadores, facilitadores e um policial civil. Como o caso tramita em segredo de Justiça, nomes e empresas investigadas não estão sendo divulgados.

Operação atingiu três estados

A fase ostensiva da Operação Recepa foi deflagrada na quinta-feira (27) em ação conjunta do MPES, por meio do Gaesf, da Secretaria da Fazenda (Sefaz), da Receita Federal e com apoio do Gaeco, da Assessoria Militar do MPES, da Polícia Penal e dos Ministérios Públicos de Sergipe e Minas Gerais.

Ao todo, foram cumpridos 37 mandados de busca e apreensão — 35 no Espírito Santo, um em Minas Gerais e um em Sergipe — além dos mandados de prisão.

Apreensões e bloqueios

Durante a operação, foram apreendidos aproximadamente R$ 360 mil, três armas de fogo, telefones celulares, computadores, mídias, documentos e joias, que serão analisados pelas equipes de investigação. Também foi determinada a indisponibilidade de cerca de 190 veículos ligados ao grupo investigado.

Suspeita de esquema que movimentou milhões

As investigações apontam a existência de uma organização criminosa composta por empresários, contadores, “laranjas”, funcionários de empresas e produtores de café. Conforme a Sefaz, o grupo teria estruturado um esquema de fraudes fiscais na comercialização de café em diversas regiões do Espírito Santo, causando prejuízo estimado de R$ 400 milhões aos cofres públicos.

O MPES informou que o material apreendido ajudará a aprofundar as apurações sobre o funcionamento do esquema e a participação de cada investigado.

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