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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil no início da noite de quarta-feira (9). A medida repercutiu no Espírito Santo, estado com forte presença no mercado exportador de café e outros produtos do agronegócio.
O governador Renato Casagrande criticou a decisão. Em publicação nas redes sociais, afirmou defender o “comércio justo, o respeito entre as nações e o diálogo acima de disputas políticas. A medida atende a motivações ideológicas, não aos interesses do povo brasileiro e americano”, afirmou.
Entre os principais produtos capixabas afetados estão o café não torrado — um dos pilares da economia estadual — e itens como pimenta-do-reino, gengibre e mamão. Em 2024, o Espírito Santo exportou mais de US$ 800 milhões em produtos agropecuários para os Estados Unidos. Segundo o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), Enio Bergoli, a balança comercial do ano passado foi favorável em US$ 7,4 bilhões para os norte-americanos.
Bergoli também alertou para os impactos da taxação. “Teremos redução da comercialização de produtos capixabas para os Estados Unidos, como no complexo café, celulose, pimenta-do-reino, gengibre, mamão, pescado, ovos, macadâmia e outros”.
Ele classificou a medida como um “absurdo com viés político desprovido de fundamentação técnica, econômica e comercial” e destacou que “os EUA são um mercado importante para os produtos do agronegócio do Espírito Santo. No ano passado, foram mais de US$ 800 milhões exportados os norte-americanos. Caso persista o tarifaço, teremos redução da comercialização de produtos capixabas para os Estados Unidos, como no complexo café, celulose, pimenta-do-reino, gengibre, mamão, pescado, ovos, macadâmia e outros”.
Indústria
A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) também criticou duramente o aumento de 50% nas tarifas sobre produtos brasileiros anunciado pelo governo dos Estados Unidos. A entidade classificou a medida como severa, motivada por disputas político-partidárias internas e prejudicial ao comércio internacional.
Em nota, assinada pelo presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Paulo Baraona, faz o alerta de que o Espírito Santo, por ter uma economia fortemente integrada ao mercado externo, será diretamente impactado, com riscos à competitividade, ao emprego e ao crescimento regional. Em 2024, os Estados Unidos representaram 28,6% das exportações capixabas.
“Os setores mais expostos à nova taxação incluem aço, rochas ornamentais, papel e celulose, minério e café – todos com forte peso na estrutura econômica capixaba. Ao encarecer artificialmente os produtos brasileiros no mercado norte-americano, essa medida reduz nossa competitividade e pode resultar em queda nas vendas, prejuízo às empresas e perda de postos de trabalho”, informou a entidade, classificando como inaceitável que decisões comerciais sejam tomadas com base em disputas políticas internas, desconsiderando os impactos concretos sobre economias inteiras.





