Soja, milho e arroz: veja as perdas na agricultura do RS
por Instituto Climatempo
em 09/06/2024 às 5h00
3 min de leitura
A Emater/RS divulgou o relatório técnico onde apresenta uma análise detalhada dos impactos das chuvas e cheia extremas, ocorrida no Estado do Rio Grande do Sul, durante o período de 30/04 a 24/05/2024.
Durante o período de chuvas e cheias extremas, 9.158 localidades foram atingidas no Estado do Rio Grande do Sul, impactando significativamente construções e estradas. Observaram-se vários danos em instalações localizadas na zona rural, como casas, galpões, armazéns, silos, estufas e aviários. Também há problemas para o escoamento da produção de 4.548 comunidades em razão de estradas vicinais afetadas. Essa dimensão destaca a urgência de investimentos em reconstrução e reparo da infraestrutura para restaurar o acesso e a conectividade em áreas rurais, essenciais para a recuperação econômica e social das famílias afetadas.
Fotos: divulgação Emater/RS
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Perdas em várias culturas
Houve perdas significativas em várias culturas. No setor de grãos, destacam-se as perdas na área de culturas de verão, em produtos armazenados e plantios iniciais de inverno. Ao atingir regiões próximas à Região Metropolitana, as chuvas e cheias extremas também geraram danos severos na horticultura e fruticultura. Além disso, há a produção pecuária gaúcha, severamente impactada nos mais diferentes tipos de exploração (bovinos de leite, bovinos de corte, suínos, aves e peixes, entre outras), exigindo longo período para recuperação. As perdas, no entanto, não se distribuíram uniformemente pelo Estado nem ocorreram com a mesma intensidade. Em algumas regiões, os danos foram muito expressivos, como nos vales do Taquari e do Caí (bovinos de leite, suínos e aves), no Vale do Rio Pardo (bovinos de corte e leite), na região da Quarta Colônia da Imigração Italiana (bovinos de leite) e no Vale do Paranhana e Encosta da Serra (bovinos de corte e leite).
Em relação a grãos, as perdas se referem principalmente à área plantada e aos produtos armazenados, como arroz, milho, soja e feijão. As perdas de culturas de inverno são pontuais e correspondem a áreas recém-semeadas, que deverão ser replantadas. Foram prejudicados 48.674 produtores nas culturas de grãos.
Apesar da maior parte das lavouras de verão já ter sido colhida antes do início do evento climático, as lavouras remanescentes foram severamente afetadas em termos de produção e de produtividade. Destaca-se que o evento deverá repercutir na redução da safra estadual.
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