Sua saúde

Saiba quais cuidados tomar após ter contato com água de enchentes

As chuvas torrenciais, causadoras de mortes, estragos e enchentes, têm se tornado cada vez mais comuns. O Espírito Santo teve, em março

Chuvas no RJ
Foto: Fernando Frazão/ABr

As chuvas torrenciais, causadoras de mortes, estragos e enchentes, têm se tornado cada vez mais comuns. O Espírito Santo teve, em março deste ano, em Mimoso do Sul, um de seus episódios mais trágicos causados pelas águas. Já o Rio Grande do Sul teve a maior enchente de sua história, com danos humanos inimagináveis e prejuízos materiais ainda desconhecidos.  Mesmo diante do recuo das águas no Rio Grande do Sul, o cenário ainda exige uma série de cuidados para garantir a segurança e a saúde da população afetada pelas enchentes.

Cuidados com a água

A água contaminada é um dos principais riscos após enchentes. Algumas doenças podem se propagar facilmente em decorrência da contaminação da água e de alimentos, como diarreia, cólera, febre tifoide, hepatite A, giardíase, amebíase, verminoses e leptospirose.

Não consuma alimentos que tenham tido contato com a água da inundação ou lama, incluindo alimentos embalados, enlatados ou alimentos perecíveis (como frutas, legumes e verduras). Antes de beber, é essencial adotar medidas para tornar a água segura para consumo.

Para garantir que a água seja segura para consumo, a orientação da pasta é inclui as etapas de filtragem e desinfecção: use filtros domésticos, coadores de papel ou panos limpos para filtrar a água. Em seguida, adicione duas gotas de hipoclorito de sódio a 2,5% (água sanitária) por litro de água, misture bem e aguarde 30 minutos antes de consumir. Caso não tenha hipoclorito de sódio, ferva a água por cinco minutos após o início da fervura. Deixe esfriar antes de consumir.

Alimentos

Durante e após uma situação de emergência, é possível que os alimentos não estejam em condições adequadas para serem consumidos. O cuidado na higienização, na preparação e no armazenamento dos alimentos, segundo a pasta, é um procedimento de extrema importância, já que alimentos manipulados e armazenados de forma inadequada podem transmitir doenças.

É vital descartar qualquer alimento que tenha tido contato com a água da enchente, incluindo embalagens seladas que possam parecer intactas. As demais orientações incluem não consumir alimentos embalados que tenham sido submersos, incluindo latas de metal herméticas que estejam danificadas, amassadas ou enferrujadas; e lavar cuidadosamente todos os utensílios de cozinha e superfícies com água limpa e sabão antes de usar.

Prevenção de doenças

Evite qualquer contato da pele com a água, já que transmissão hídrica não precisa de machucado para servir como porta de entrada para eventos de contaminação. Confira as principais doenças transmitidas por água e alimentos contaminados:

– leptospirose: causada por uma bactéria presente na urina de roedores e transmitida pela água contaminada. Se tiver febre, dores no corpo, especialmente na região lombar ou panturrilha, procure atendimento médico imediatamente.

– tétano: pode ocorrer através de ferimentos causados por objetos contaminados. Mantenha as vacinas em dia e, ao manusear destroços, use luvas e botas para evitar lesões.

Animais peçonhentos

Quando as águas das enchentes começam a baixar, animais peçonhentos como escorpiões, cobras e aranhas procuram abrigo em locais secos, incluindo o interior de residências, ou locais de acúmulo de entulhos, aumentando o risco de acidentes.

As recomendações incluem evitar tocar nesses animais, mesmo que pareçam mortos, e entrar em contato com autoridades competentes para a remoção segura.

Riscos elétricos

A presença de água condutiva aumenta o risco de choques elétricos. Se houver qualquer sinal de eletricidade em áreas inundadas, mantenha distância e informe as autoridades.

Outra orientação é evitar áreas alagadas com eletricidade exposta, incluindo proximidades de painéis solares, além de desligar a energia elétrica de residências caso seja necessário.

Contatos úteis em emergência

– Bombeiros: 193

– Samu: 192

– Defesa Civil: 199

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