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O Rio Grande do Sul enfrenta um desafio humanitário e econômico jamais visto naquelas terras. As consequências das chuvas que destruíram cidades e campos são ainda imensuráveis: vidas foram perdidas, a infraestrutura foi destruída e as terras, devastadas. O momento é, claro, de tentar minimizar o sofrimento da população sulina e as consequências da tragédia ainda demorarão semanas ou meses para serem mensuradas.
Já é possível, no entanto, dimensionar o impacto nos alimentos, já que o Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do Brasil e um grande celeiro de outros grãos e proteínas. De acordo com um relatório feito pela Cogo Inteligência em Agronegócio e liberado em 6 de maio, a colheita de arroz deste ano estava atrasada e os gaúchos, até as chuvas, colheram 78% da safra 23/24 saiu dos campos.
Isso equivale a 709 mil hectares e 1,6 milhão de toneladas. Ainda não é possível, segundo o estudo, precisar o quanto dos 22% restantes foram perdidos. Mas é possível entender o impacto ao consumidor. Os 22% do arroz gaúcho representam 16% da safra total do país, ou seja, se a produção foi afetada de forma expressiva pode ocorrer déficit de grãos no mercado este ano. Na lei da oferta e da procura, isso significa alta nos preços já pressionados pela proibição feita pela Índia de exportações de arroz branco não-basmati.
A principal preocupação do comércio de alimentos, hoje, é a corrida da população para estocar os produtos. Circula, pelas redes sociais, uma foto de um folheto fixado numa prateleira onde uma rede supermercadista capixaba proíbe a compra de mais de um fardo de arroz por cliente.
“Não há razão para preocupação. Temos produto para 60 dias, então não é preciso estocar em casa. Com a alta dos últimos meses, os varejistas fizeram compras grandes de arroz. Alguns estão proibindo a compra no atacado justamente para impedir que o produto seja adquirido por outros comerciantes menores e falte para os próprios clientes. É uma forma de proteger nossos consumidores”, disse uma fonte do varejo.
A fonte salienta que a colheita no Sul estava no fim e o momento agora é de saber se a chuva afetou os galpões e silos das embaladoras. “Neste momento, ao que tudo indica, esses locais de estocagem não foram atingidos. Mas há um outro problema mais urgente, que é o transporte. Nós tivemos o cancelamento de entrega de dois caminhões bitruck com arroz, já que a infraestrutura do Sul foi muito prejudicada e os veículos não conseguiram sair de lá. A dificuldade logística é enorme. Mas é bom salientarmos que temos estoques grandes e não há a menor necessidade de uma corrida às compras”, explicou.





