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O Sistema OCB/ES recebeu ontem representantes de cooperativas de leite do Espírito Santo. A reunião foi articulada pelo diretor executivo da Unidade Estadual, Carlos André Santos de Oliveira, e serviu para as lideranças cooperativistas apresentarem demandas em comum ao secretário da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), Enio Bergoli, e ao subsecretário da instituição, Michel Tesch.
Participaram do momento representantes das cooperativas Cacal, Cavil, Clac, Colagua, Colamisul, Nater Coop e Selita, além de colaboradores do Sistema OCB/ES. Também prestigiaram a reunião o deputado estadual Allan Ferreira e o presidente da Câmara Municipal de Guaçuí, Valmir Santiago.
As lideranças das cooperativas destacaram as principais necessidades que observam em suas cadeias produtivas, para que a Seag possa verificar o que pode ser feito com o intuito de tornar o segmento mais dinâmico e exitoso.
O diretor de Lácteos da Nater Coop, Erick Pagung, avalia que o a cadeia do leite está alicerçada em um tripé composto por genética, alimentação e manejo de rebanho. De acordo com o gestor, atualmente a maior dificuldade é garantir uma alimentação regular e de qualidade para os animais.
“Vejo um gargalo maior na alimentação dos rebanhos, ou seja, da porteira para dentro, na origem da matéria-prima. Passamos por momentos muito difíceis nos anos de 2016 e 2017. Cinco anos de passaram, e em 2022 novamente por um momento tenebroso de falta de alimentos, principalmente no Sul do estado. Precisamos focar nesse gargalo, pois temos meios de minimizar os seus impactos e aumentar o volume da produção do leite” argumentou Pagung.
Quanto à genética, o profissional avalia que já existem ações de suporte, pois o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae/ES) oferece consultorias de Fertilização In Vitro (FIV) para as cooperativas e pequenos produtores de leite do estado.
Outra necessidade levantada foi a de melhoria dos acessos às propriedades para a coleta do leite. De acordo com Jarbas Borges, conselheiro de Administração da Cavil, a falta de pavimentação adequada das estradas em zonas rurais gera transtornos para a logística de transporte das cooperativas de leite. “O produtor precisa entregar o leite em até duas horas após a ordenha, mas há dificuldades para o caminhão chegar até ele e recolher o produto”, alertou.
Na sequência, outras lideranças levantaram necessidades que, se supridas, podem contribuir com a melhoria da produtividade e qualidade da cadeia de leite no território capixaba.
Ao final, Enio Bergoli apresentou o panorama geral da produção de laticínios capixaba, ações que a Seag planeja construir em conjunto com as cooperativas de leite para minimizar os entraves levantados e enfatizou o trabalho setorial construído pelo Sebrae/ES em parceria com outras entidades para a cadeia produtiva do leite.
O diretor-executivo do Sistema OCB/ES considera que a reunião foi uma manifestação relevante da importância que as cooperativas de leite têm em âmbito estadual e do papel que o cooperativismo desempenha no desenvolvimento da cadeia leiteira do estado. “A produção de leite e derivados das cooperativas do Espírito Santo já representa R$ 602,4 milhões em faturamento, de acordo com o mais recente Anuário do Cooperativismo Capixaba. Esse indicador reforça a relevância das coops para o crescimento e competitividade da pecuária leiteira no estado”, analisa.

Nova gestão da Seag
O secretário Enio Bergoli afirmou que, durante o seu mandato, a Seag buscará atender as demandas dos segmentos produtivos agropecuários do Espírito Santo. “Vamos continuar fortes e trabalhar com planejamento e programas direcionados aos segmentos do café, leite, condimentos e tantas outras atividades agrícolas conduzidas em alta intensidade no Espírito Santo”, afirmou.
Na reunião, o diretor-executivo do Sistema OCB/ES, Carlos André Santos de Oliveira, lembrou das qualidades técnicas de Bergoli para assumir a liderança da Seag, visto que o secretário já atuou durante diversos anos como servidor do Instituto Capixaba de Pesquisa Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). “Enio quer trabalhar de forma muito democrática com os atores das cadeias produtivas, por isso está aberto para ouvir demandas”, pontuou.




