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O uso de novas tecnologias em várias frentes contribuiu decisivamente para o aumento significativo da produtividade da suinocultura brasileira nos últimos anos. Um exemplo: novas linhagens genéticas desempenharam papel fundamental nesse crescimento, resultando em fêmeas altamente prolíficas com consequente crescimento do número de leitões por fêmea/ano. “Por outro lado, novos desafios na saúde reprodutiva das fêmeas também foram observados, como por exemplo, a Síndrome do Segundo Parto (SSP)”, explica Joice Silva, zootecnista da Auster Nutrição Animal.
A SSP é a causa da redução do número de leitões nascidos no segundo parto, quando comparado ao primeiro. Ela afeta negativamente o desempenho das fêmeas, ocasionando queda na produtividade e maior descarte de matrizes.
A condição corporal da fêmea é o fator que mais influencia a ocorrência da SSP. Por isso, em granjas que enfrentam o problema, é crucial a identificação dos fatores relacionados ou predisponentes. Além disso, o manejo da condição corporal das fêmeas é outro ponto relevante, sendo imprescindível para garantir o bom desempenho reprodutivo e a longevidade das fêmeas no plantel.
“É fundamental que as fêmeas, principalmente as leitoas, mantenham peso e condição corporal mais próximos do adequado/ideal
O catabolismo lactacional nas fêmeas de primeiro parto muitas vezes é inevitável, uma vez que elas são mais sensíveis aos efeitos negativos decorrentes da alta demanda metabólica durante o período. Diferente das matrizes, as fêmeas de primeiro parto ainda estão completando o seu desenvolvimento corporal. Por isso, seu organismo destina boa parte dos nutrientes consumidos para o próprio crescimento.
Durante a lactação, muitas vezes o consumo não supre as demandas da fêmea, resultando em mobilização de reservas corporais de gordura e proteína, com consequente perda de peso. Por isso, o cuidado com a alimentação das fêmeas é fator essencial para a obtenção de bons resultados zootécnicos.
O período de duração da lactação é outro fator determinante. A zootecnista da Auster detalha que “lactações reduzidas podem comprometer o desempenho reprodutivo subsequente, pois a involução uterina é necessária para a completa regeneração do endométrio – já que esse é um fator influente na redução da mortalidade embrionária para a próxima gestação”.
Além disso, quando o intervalo desmame estro não é suficiente para as fêmeas recuperarem a condição corporal perdida durante a lactação, isso impactará diretamente o desenvolvimento folicular e oocitário, comprometendo a sobrevivência embrionária e reduzindo a taxa de parto e o número de leitões nascidos no parto seguinte.
Outros itens, como o manejo da inseminação artificial, a ambiência das fêmeas e o atendimento ao parto, também merecem atenção especial nesse período. “Compreender os fatores relacionados à Síndrome do Segundo Parto, assim como intensificar as práticas de cuidados e manejo, conciliados com uma nutrição de qualidade em fêmeas de primeiro parto, é a estratégia mais assertiva para prevenir o problema, e assegurar um bom desempenho e eficiência do plantel reprodutivo”, finaliza a zootecnista da Auster Nutrição Animal.



