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| Foto: Divulgação |
*Redação
Produtores e frigoríficos capixabas discutem o uso da imunocastração na cadeia da suinocultura. A vacina já vem sendo utilizada em vários estados brasileiros com resultados positivos, apesar da desconfiança de muitos criadores. Testes recentes apontam benefícios no bem-estar, mais desempenho do animal e carne com mais qualidade e menos gordura.
Diferentemente do que muitos pensam, a imunocastração não é um hormônio ou medicamento e dispensa o procedimento cirúrgico geralmente usado nas granjas. A médica veterinária da Associação de Suinocultores do Espírito Santo (Ases), Carolina Covre, explica que são necessárias apenas injeções subcutâneas.
“Um dos benefícios mais importantes está associado ao bem-estar do animal. Quando aplicada, a vacina faz com que o suíno produza anticorpos contra o GNRF (fator liberador das gonadatrofinas), responsáveis por desencadear a cascata hormonal da reprodução ”, destaca Carolina.
Outros benefícios são a melhoria da conversão alimentar e não existir período de carência para o consumo da carne de animais imunocastrados, pois a vacina não provoca acúmulo de gordura nas carcaças dos animais. “São fatores que trazem um ganho ao produtor em relação à qualidade final do produto. ”
Efeito positivo
Em 2007, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou um memorando circular estabelecendo alguns critérios quanto à pratica da imunocastação. O documento estabelecia que o efeito positivo do procedimento deveria ser confirmado pelo diâmetro testicular não superior a 11 centímetros.
Já em janeiro deste ano, o Mapa lançou novo memorando, em substituição ao anterior, e também a referida exigência do diâmetro testicular. Estudos mostram que a vacina pode ter surtido efeito, ainda que os testículos dos animais tenham a largura superior a que havia sido determinada.
Marcelo Mosquini, gerente do Frigorífico Mosquini, localizado em Vargem Alta, na região serrana, já realizou testes com a vacina para imunocastração. Ele afirma que, após dissecar alguns suínos, foi possível perceber a diferença na qualidade final desses animais em comparação aos demais.
“Os benefícios são incontestáveis. Quando abrimos a carcaça, pudemos perceber a redução de gordura, além do ganho de peso que foi superior. Não houve nenhum problema no desenvolvimento do animal, o que comprova a eficiência da vacina ”, ressalta Mosquini.
Aplicação em fêmeas
Os representantes da empresa fornecedora da vacina afirma que, recentemente, a companhia obteve registro para uso da imunocastração em fêmas. De acordo com eles, a aplicação também provoca melhorias no desenvolvimento do animal, proporcionando melhor ganho de peso devido à interrupção do cio.
O período que as fêmeas ficam mais propícias ao ato sexual provoca estresse e redução do consumo de alimentos, além da monta de uma fêmea na outra provocar danos às carcaças. (*Com informações da Ases)



