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“A safra 2020 de café do Brasil não será recorde e se situará próxima a 60 milhões de sacas, conforme os números oficiais levantados pelo governo federal”. A afirmação é de Silas Brasileiro, presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), diante das especulações existentes sobre o volume a ser colhido pelo país na temporada atual.
Para ele, os insistentes números apresentados por agentes internacionais podem ter a intenção de depreciar as cotações do produto.
“Esquecem-se, porém, que tirar a renda e a competitividade do produtor, impactará significativamente na produção em médio e longo prazo, pois veremos uma oferta em declínio e a consequente elevação dos preços diante da falta de café”, afirma.
Brasileiro recorda que o cenário ideal é o equilíbrio na balança de oferta e demanda, com todos os agentes recebendo suas margens.
“Volumes de produção e consumo equilibrados geram ganhos a todos os segmentos, a sustentabilidade econômica da cadeia e evita-se sobrepreços aos consumidores ”, analisa.
O alerta do presidente do CNC se dá em meio a um cenário de incertezas quanto ao consumo da bebida em função dos impactos da pandemia da Covid-19.
Segundo ele, a flexibilização que vem ocorrendo na Europa e na Ásia, continentes que contém grandes países consumidores e importadores do café brasileiro, permite a retomada do consumo fora de casa.
“Com essa abertura de cafeterias, restaurantes e demais estabelecimentos, teremos uma sinalização de qual será o impacto no consumo. Não podemos esquecer que o inverno ainda está para chegar no Hemisfério Norte e a tendência é que se consuma mais café”, recorda.
“A partir de setembro, já vemos as folhas das árvores mudando para uma coloração amarronzada e sentimos o clima bem mais frio em potenciais países consumidores ”, completa.
Em relação à oferta do maior produtor mundial, Brasileiro recorda que a colheita avançou para pouco mais da metade atualmente e que ainda há que se ficar atento ao clima nos próximos dias.
“Temos previsão para a chegada de uma frente fria na próxima semana, que derrubará as temperaturas no cinturão produtor de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Paraná. Precisa-se monitorar para ver se não há possibilidade de geadas, assim como também ficar de olho para a ocorrência de chuvas, as quais afetam a qualidade do café na época da colheita”, alerta.
Brasileiro conclui reforçando que o CNC sempre se posicionará de maneira coerente, com números reais sobre oferta e demanda, “para que o cafeicultor possa planejar sua atividade e ter o melhor desempenho possível ”.




