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Inverno de 2024 e La Niña: saiba quando fará frio no Sudeste do Brasil

por Instituto Climatempo

em 18/06/2024 às 15h42

4 min de leitura

Inverno de 2024 e La Niña: saiba quando fará frio no Sudeste do Brasil

Foto: divulgação/Incaper

O inverno começa astronomicamente no dia 20 de junho, às 17h51, pelo horário de Brasília, quando ocorre o solstício de inverno. E o inverno deste ano será diferente do de 2023, marcado pelo El Niño. Em 2024, ocorre a formação e gradual intensificação de um novo episódio do La Niña. O fenômeno terá influência no padrão de temperatura e de precipitação no decorrer do inverno 2024. As informações são do Instituto Climatempo.

Ao longo do inverno, o Oceano Pacífico fará transição da fase neutra para o fenômeno La Niña. É mais provável que o La Niña comece oficialmente entre julho e agosto. Durante a fase neutra, o resfriamento segue ocorrendo ao longo da faixa equatorial do Pacífico, e mesmo sem a configuração oficial do fenômeno, alguns efeitos já poderão ser percebidos na atmosfera a partir de julho.

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O oceano Atlântico ainda estará bastante aquecido na região tropical no início do inverno, embora seja notável a perda de calor nas últimas semanas em regiões mais distantes da costa brasileira. Ao longo da faixa litorânea, entre o Rio Grande do Norte e o Espírito Santo, as águas seguem aquecidas, fornecendo mais calor para a atmosfera, o que aquece regiões adjacentes. O aquecimento tende a diminuir no decorrer do inverno, e áreas mais distantes da costa continuarão se resfriando.

O Atlântico subtropical tende a se aquecer lentamente durante o inverno, especialmente em áreas próximas da costa de Santa Catarina até o Rio de Janeiro, em função do frequente escoamento de ar quente do interior do país para estas regiões. Em alguns períodos de escoamento de ar quente persistente, pode ocorrer ressurgência em pontos do litoral paulista e fluminense, o que favorece nevoeiros marítimos.

Todas essas mudanças nos oceanos impactam diretamente no tempo em terra firme. A previsão para o inverno no Sudeste é de tempo seco em todas as áreas, especialmente no interior de São Paulo e em Minas Gerais. Muitas áreas, especialmente norte de São Paulo, Triângulo Mineiro e noroeste de Minas, poderão passar os meses de julho e agosto inteiros sem chuva alguma. Infiltração marítima pode provocar baixos volumes e chuvas fracas no Espírito Santo e leste de Minas principalmente em julho. No litoral de São Paulo e Rio de Janeiro, chuvas menos frequentes do que o normal, mas que podem ser volumosas durante a passagem de frentes frias.

O tempo seco persiste em setembro, com volumes abaixo da média em todas as áreas. Na Grande São Paulo, Grande Rio e Grande Belo Horizonte, os volumes ficarão abaixo da média nos três meses. Ar muito seco, e mais seco do que em 2023.

Por conta da atuação frequente e persistente de bloqueios atmosféricos, que favorecem tempo muito seco, as temperaturas ficam acima da média em São Paulo, Triângulo Mineiro e sul de Minas Gerais; um pouco acima da média no Rio de Janeiro, litoral do Espírito Santo e noroeste de Minas Gerais. Nas demais áreas do Estado de Minas e interior do Espírito Santo, o ar seco favorece forte perda radiativa durante as madrugadas, e por isso elas tendem a ser mais frias que o normal em muitas áreas, mas as tardes ainda serão moderadamente quentes. Bloqueios favorecem geadas frequentes na Serra da Mantiqueira.

O ar frio polar chega em algumas ocasiões em julho, principalmente no sul e leste de São Paulo, Rio de Janeiro, Zona da Mata mineira e sul do Espírito Santo; no interior, o ar frio chega menos vezes em função dos bloqueios. Mesmo com o ar frio tendo resistência em avançar, há possibilidade de quedas acentuadas e ondas de frio sobre São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, com maior risco de geadas comparado a 2023. O ar quente predomina, e muitos dias terão temperaturas acima da média. Setembro tende a ser muito quente e propenso a ondas de calor.

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