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Após seis décadas sem novas adições ao gênero Theobroma, que inclui plantas nativas da Amazônia como o cacau e o cupuaçu, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) identificaram três novas espécies de cacau na região noroeste da Amazônia.
A descoberta foi realizada como parte da tese de doutorado de Matheus Colli Silva, sob a orientação do Prof. José Rubens Pirani, do Departamento de Botânica do Instituto de Biociências da USP, e do Prof. James Edward Richardson, pesquisador associado da Universidade del Rosario e da University College Cork. O projeto contou com o apoio da FAPESP e a colaboração do Dr. Fabián Michelangeli, do New York Botanical Garden (EUA).
Durante expedições na Amazônia, os pesquisadores encontraram as espécies Theobroma globosum, no Acre e no Peru; T. nervosum, na Colômbia e no Equador; e T. schultesii, na Colômbia, Equador e Peru. Segundo o artigo publicado na revista Kew Bulletin, as três espécies crescem em terra firme, apresentando variações no solo e na elevação.
Características das Novas Espécies
– Theobroma globosum: Caracteriza-se pelos frutos esféricos e folíolos com nervuras centrais menores em comparação a outras espécies da região.
– Theobroma nervosum: Possui folhetos arredondados e dentados, com veias que se projetam além da margem.
– Theobroma schultesii: Tem folhetos peciolados e um cálice em formato de cúpula.
Contribuição dos Herbários
O sucesso da pesquisa também se deve ao estudo de materiais depositados em herbários, que são coleções de plantas desidratadas e catalogadas para estudo. Esses recursos foram essenciais para as análises morfológicas das espécies recém-descobertas.
Importância da Descoberta
A descoberta de novas espécies de cacau é particularmente relevante diante das ameaças enfrentadas pelo cacau (Theobroma cacao) devido às mudanças climáticas e pragas como a “vassoura-de-bruxa”, que provoca desenvolvimento anormal e morte das plantas. Essas novas espécies oferecem recursos genéticos valiosos para melhorar a resistência e adaptação do cacau cultivado, além de possibilitar a exploração de novos tipos de chocolate.
As novas descobertas não só expandem o conhecimento científico sobre a biodiversidade amazônica, mas também abrem portas para o desenvolvimento de técnicas agrícolas mais resilientes e inovadoras na produção de cacau.
Fonte: mercadodocacau




