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Opinião

Especialista em cafeicultura conhece sócio fundador da Coopeavi

por Redação Conexão Safra

em 14/06/2017 às 0h00

3 min de leitura

Especialista em cafeicultura conhece sócio fundador da Coopeavi

Por Ulisses Ferreira*

No final de novembro de 2016 tive a oportunidade de conhecer uma cidade no
Espírito Santo
chamada
Santa Maria do Jetibá.
Vencer o medo do deslocamento de avião foi compensador, não pelo fato de conhecer o município que detém o título de segundo maior produtor de ovos do Brasil, também não foi o fato inusitado da cidade ser formada por imigrantes descendentes da Pomerânia, um povo “alemão ” cujo território está localizado entre as atuais Alemanha e Polônia, e olha que isso foi realmente diferente, também não foi o fato de conhecer uma cooperativa espetacular, com mais de 11 mil cooperados entre avicultores, cafeicultores e horticultores. Mas afinal, o que me chamou a atenção?

O que mais fez a viagem valer a pena foi a oportunidade de conhecer, em uma breve troca de palavras, o senhor Argeo João Uliana, sócio fundador da
Cooperativa Agropecuária Centro Serrana
(Coopeavi), ex-presidente e atual diretor comercial da cooperativa, um senhor com uma vitalidade fantástica, chegando logo cedo para se inteirar dos assuntos de sua empresa.

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O que para muitos poderia ser apenas uma prosa no café da recepção, para mim foi algo marcante, pena que não registrei com uma foto. No momento tive um sentimento de valorização da história, estava ao lado de uma pessoa que com trabalho, suor, inteligência e boa vontade fez muito, por muitos, acreditou em um sonho e em conjunto com outros parceiros foi capaz de fundar uma cooperativa e e vê-la crescer.

Este sentimento só se fez aumentar durante o dia, pois via – nas palavras de Giliarde Cardoso, gerente do negócio, no livro lançado pela cooperativa em comemoração aos 60 anos, nas praças, e nas palavras de outros integrantes da marca- algo que poucas vezes temos a humildade de fazer, que é reconhecer o passado, de aprender com os mais velhos e saber agradecer a contribuição de cada um.

Que pena que somos um povo que não valoriza o passado, que ótimo que a Coopeavi valoriza o seu, que bom que o povo Brasileiro/Capixaba/Pomerano tem aulas de pomerano nas escolas de Santa Maria do Jetibá, que maravilha deve ser a festa típica realizada na cidade.

Querer construir o futuro sem respeitar o passado é o mesmo que construir uma fortaleza sem alicerce, sem a base.

Dentro de instituições isso deve ser muito forte, essa regra deve estar presente em seus valores centrais, pois diretorias passam e a instituição fica, cada um deixa sua contribuição, não é preciso tentar destruir algo que passou para mostrar o seu valor, ao contrário, o verdadeiro valor está em ter a humildade de saber que se você assumiu aquela posição hoje – com seus problemas e suas potencialidades – é porque antes muitos passaram.

Essa regra é fundamenta, para todos. Quem dera políticos pudessem seguir essa verdade, o Brasil estaria certamente mais forte, mas como isso é sonho, que seja realidade para cooperativas e associações
FairTrade
da agricultura familiar, que possamos aprender com a Coopeavi.

*Ulisses Ferreira é especialista em cafeicultura sustentável e consultor de associações e certificações agrícolas


Foto: Felipe Gombossy/Café Editora


Fonte: CaféPoint

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