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Queijaria italiana com nova marca e sócio

Orolatte passa a se chamar Artelatte e aumenta produção de queijos artesanais feitos com leite de cabra

por Leandro Fidelis

em 11/04/2024 às 0h07

3 min de leitura

Queijaria italiana com nova marca e sócio

Amedeo Mazzocco e o novo sócio, Gabriel Torezani. (*Fotos: Leandro Fidelis)

Matéria publicada originalmente 08/07/2020

Prestes a completar seis anos em setembro, a queijaria artesanal Orolatte, de São José do Alto Viçosa, zona rural de Venda Nova do Imigrante, começou o segundo semestre com novidades. O empreendimento conta com novo sócio e mudou o nome para “Artelatte ” para marcar a nova fase, que inclui aumento da produção com leite de cabra.

Quem fala das mudanças é o italiano Amedeo Mazzocco, que agora divide a direção da agroindústria com Gabriel Torezani. Ele afirma que a nova sociedade vem para melhorar a administração e a informatização dos negócios com queijos finos, com mercado principalmente na Grande Vitória.

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“Agora a gente vai ter mais gestão, saber os cursos de produção, qual queijo é o mais vendido. Consequentemente, vamos aumentar as vendas ”, afirma Mazzocco.

A “Artelatte ” produz dez variedades de queijos, entre bovinos e caprinos, sendo que há três anos passou a testar receitas comeste último tipo. A produção é de 500 kg por mês. “O queijo com leite de cabra tem menos gordura e lactose, portanto mais fácil de digerir. É cada vez mais apreciado pelos consumidores ”, destaca o queijeiro.

A preocupação é garantir um produto saudável, “produzido na simplicidade, sem muito maquinário ”, e com matéria-prima encontrada na própria região serrana. Segundo o italiano, o leite provém de um único produtor de Conceição do Castelo, criador da raça Gir. “Oitenta por cento do segredo de um bom queijo está no leite de qualidade. Por isto, priorizamos uma raça típica brasileira, criada em pasto, muito mais resistente a doenças ”.

O resultado são queijos 20 vezes premiados, sendo os mais recentes o bronze com um de cabra e a prata com um de vaca em 2019 no Campeonato Mundial de Queijo de Araxá (MG). O segundo lugar foi conquistado com um queijo tipo Robiola Yogurt. Assim como outros do catálogo da “Artelatte ”, trata-se de um queijo fino para harmonizar com vinhos, mel e geleias.

Atualmente, o líder de vendas é o “Queijo São José ”, produzido com leite de vaca e fermento italiano. O lácteo leva de três a quatro meses para curar e é semelhante ao queijo parmesão, levemente adocicado e picante. Tanta particularidade o alçou à medalha de bronze no Mundial de Queijo, em Araxá.

Projetos

A pandemia da Covid-19 não interferiu na produção de queijos frescos e de longa maturação da “Artelatte ”, porém fez reduzir a movimentação na sede da queijaria, destino turístico certo para quem frequenta a região e outros empreendimentos vizinhos e deseja degustar os queijos finos. O período de isolamento social obrigou Amedeo Mazzocco a adiar o plano da abertura do barzinho, com a oferta de queijos e bebidas para os turistas na parte externa do empreendimento.

Mas por outro lado, os pedidos de queijos aumentaram 100% durante a pandemia. Há quatro anos, Mazzocco sai de carro para entregar queijos na capital uma vez por semana.

“Março e abril foram meses ruins, mas maio melhorou. Tenho recebido em torno de 40 pedidos por semana em Vitória e Vila Velha, além de atender clientes de Castelo e Vargem Alta, sempre reforçando os contatos no início da semana para garantir as vendas. Se não tivesse a cidade, a gente estava morto ”, diz o queijeiro.

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