pube
Mercado

Apesar de avanço da colheita de café, mercado segue em ritmo lento

por Agência Estado

em 23/07/2019 às 21h01

3 min de leitura

Apesar de avanço da colheita de café, mercado segue em ritmo lento

Mosaico Imagem/Divulgação

Com o clima mais firme e seco nos últimos dias, a colheita da safra 2019/20 no Brasil têm seguido em ritmo acelerado em todas as regiões produtoras de arábica e robusta acompanhadas pelo Cepea. A comercialização, entretanto, tem sido mais lenta, devido à forte oscilação das cotações externas e internas nas últimas semanas. De modo geral, os preços variam conforme as notícias referentes ao clima no Brasil, o câmbio e fatores técnicos.

A amplitude dos preços foi observada especialmente para o café arábica. Somente na última semana, o Indicador Cepea/Esalq do café tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, teve máxima de R$ 430,26/saca de 60 kg e mínima de R$ 415,95/sc.

Além da variação dos preços, vale apontar que produtores comercializaram um volume considerável de café nos mercados físico e futuro (especialmente para a safra 2020/21) na última semana de junho, devido à valorização dos grãos, devendo aguardar preços mais elevados para retomar a negociação de lotes de volumes mais expressivos.

pube

De forma geral, o volume comercializado da safra 2019/20 corresponde às entregas já programadas em meses anteriores e algumas vendas pontuais, devido à necessidade de caixa de produtores. Para agentes, o volume já negociado de café arábica, em níveis nacionais, é de 10% a 30% na parcial de julho (até o dia 19).

Quanto à colheita, na maior parte das regiões de arábica, produtores já estão se aproximando do fim da colheita, devendo seguir para a varrição nas próximas semanas e a finalização da seca nos terreiros e secadores. Vale apontar que, em algumas lavouras mais adiantadas, produtores inclusive já observam a formação de alguns botões florais, segundo colaboradores do Cepea.

Regionalmente, os trabalhos no Noroeste do Paraná já estão entre 85% e 90%. Em Garça (SP), esse percentual também é elevado: de 70 a 85. Nas regiões da Mogiana (SP), Sul de Minas e Zona da Mata (MG), a colheita já está entre 70% e 80%. Já no Cerrado Mineiro, os trabalhos se encontram entre 60% e 75%.

Robusta

A liquidez também está lenta para a variedade. Em julho, de forma geral, os preços recuaram, refletindo as quedas externa e do dólar frente ao Real, o que afastou produtores do mercado. Além disso, agentes apontam que a maior parte da comercialização da safra 2019/20 da variedade ocorreu no início da colheita, entre maio e junho, uma vez que produtores necessitavam de caixa para a realização dos trabalhos.

Segundo agentes, no Espírito Santo, maior produtor da variedade, as vendas de café desta safra correspondiam de 20% a 30% do total até o dia 19 de julho. Em Rondônia, por outro lado, um maior volume de café foi comercializado, uma vez que a maior parte do volume havia sido negociada anteriormente. Segundo colaboradores do Cepea, cerca de 40% a 50% da safra já foi vendida.

Em relação à colheita, os trabalhos foram finalizados em Rondônia no início deste mês. No Espírito Santo, as atividades foram praticamente encerradas na semana passada, restando apenas algumas catações pontuais e varrições.

Clique aqui e receba as principais notícias do dia no seu WhatsApp e fique por dentro do que acontece no agronegócio!