Produtor rural é o protagonista na preservação ambiental

A integração Lavoura-Pecuária-Floresta é um dos motivos para o crescimento de áreas verdes

O agricultor é quem mais preserva recursos naturais no Brasil. De acordo com o levantamento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em 2018 mais de 218 milhões de hectares de vegetação nativa do Brasil estavam preservados pelos agricultores dentro de imóveis rurais, o que representa 25,6% do território brasileiro.

No Espírito Santo, o saldo positivo também aponta o produtor rural como protagonista da preservação ambiental. Dados do Atlas da mata atlântica do ES, da Seama (Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos) indicam que a cobertura florestal do estado cresceu 27.179 hectares entre 2007 e 2015, o que corresponde a mais de 0,6% do território capixaba.

Ainda de acordo com a secretaria, a tendência de aumento da cobertura florestal permanece uma vez que 6,2% do Estado ou 285.568 hectares se encontram em estágio inicial de regeneração natural, com grande parte dessa área localizada em Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal.

Os bons resultados são frutos da aplicação de leis de conservação vegetal, mas também demonstram que a tecnologia e o aumento de produtividade têm sido mais efetivos no agronegócio, mesmo sem a ampliação das áreas de produção.

Integração

A Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) tem ganhado destaque entre os produtores rurais em busca da conciliação entre o cultivo e a preservação. O produtor rural e presidente do Sindicato Rural de Conceição do Castelo, Eliomar Maretto, utiliza os sistemas agroflorestais desde 1988 em sua propriedade. Antes mesmo das criações de leis e exigências de reflorestamento, Maretto já se preocupava e implementava ações para evitar o desmoronamento de terras junto ao Rio São João de Viçosa, o maior afluente do Rio Castelo, que fica às margens de sua propriedade. “,Percebi que seria necessário realizar a regeneração dessa e de outras áreas de forma sustentável.

Comecei a fazer o consórcio de cultura –, café e banana –, e precisava do bambu para escorar as bananeiras. Com isso, comecei a plantar o bambu à margem do rio, pois ele tem um sistema radicular bem forte que ao se entrelaçar, empareda a terra e previne o desmoronamento”, conta.

Antes o produtor tinha que comprar o bambu ou recolher de propriedades vizinhas. Hoje ele destaca que possui a espécie e, além de economizar, fortalece a preservação ambiental. (*Fonte: Iá! Comunicação)

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