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Giro pelo Mercado

Produtor de Guaçuí vende café como especial

Com uma cafeicultura centenária, Guaçuí deu, este ano, um passo importante...

por Redação Conexão Safra

em 22/07/2016 às 0h00

3 min de leitura

Produtor de Guaçuí vende café como especial

Com uma cafeicultura centenária, Guaçuí deu, este ano, um passo importante no caminho para o desenvolvimento da produção de café no município. Pela primeira vez, um produtor local conseguiu vender a colheita como café especial. O autor do feito é o agricultor Ricardo Moreira, que vendeu cerca de 600 sacas do produto como bebida mole. E para isso, ele não precisou investir muito. Foi no cuidado com a colheita e a pós-colheita que o produtor encontrou a saída para agregar valor ao que planta: o café.


Ricardo Moreira conta que sempre soube que tinha um bom café. O problema era que, nahora da venda, o comprador que colocava o preço. Para mudar isso, foi atrás de uma boa avaliação do produto. Em 2011, começou a participar de mostras de café em Minas Gerais e também aqui no estado. “Eu comecei a participar de mostras e o café foi recebendo boas pontuações. A avaliação foi de 83 pontos ”, recorda.

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Com a informação e o certificado de qualidade, a negociação com o comprador foi diferente e, como resultado, vendeu parte da safra deste ano, cerca de 600 sacas, como bebida mole. A diferença foi grande, cerca de R$ 160,00 a mais em cada saca (R$ 560,00). Um valor bem superior que, se o produto fosse comercializado como é de praxe, em Guaçuí, como Rio ou Rio zona. Neste caso, a saca está girando em torno de R$ 400,00.


E para agregar esse valor ao que já produzia, Ricardo diz que não foi necessário investir muito, mas sim mudar o manejo. “Basta mudar o pensamento. Se pode agregar valor ao café com um pouco mais de trabalho ” conta ele.


O principal cuidado foi colher o café maduro (no máximo 20% de verde), não deixar o produto tocar o solo e descer diariamente com ele para o terreiro. A pós-colheita também teve papel fundamental na conquista de um café de qualidade. “Tudo que o café não pode é fermentar. Para isso, é necessário ter uma estrutura de secagem e armazenamento compatível ”, explica Ricardo. “No meu caso, foi um terreiro coberto com capacidade para 50 balaios ”, diz ele.


Para Ricardo, que atualmente ocupa o cargo de presidente da Cooperativa dos Produtores do Espírito Santo (Coopres), a meta é que, cada vez mais, produtores apostem na mudança do processo de colheita e pós-colheita, como forma de melhorar a qualidade do café produzido em Guaçuí. Pelos dados da Secretaria de Agricultura do município e do escritório local do Incaper, o café é o principal produto agrícola de Guaçuí, com uma produção anual variando de 80 mil e 100 mil sacas. “Esse é o objetivo da cooperativa: trabalhar a produção de cafés especiais ”, esclarece Ricardo Moreira.

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?Fonte: aquinoticias.com??

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