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Yes, nós temos mamão!

Com a implantação da tecnologia “Systems Approach”, Brasil volta a exportar para os Estados Unidos e coloca o Espírito Santo no topo do ranking dos Estados exportadores

por Redação Conexão Safra

em 19/07/2017 às 0h00

8 min de leitura

Yes, nós temos mamão!

Exportação capixaba foi de
us$16,8 milhões (39% de toda
a exportação brasileira) em 2016

“Já são mais de vinte anos da prática
segura na produção dos mamoeiros,
com resultados positivos grandiosos
para o país ”
(David martins – incaper)


As condições climáticas favoráveis,
abundância em recursos hídricos, solo
arenoso extremamente fértil, a necessidade
constante de produzir um
fruto de qualidade e a implantação
de uma nova tecnologia, conhecida por “Systems Approach ”, fizeram do
Espírito Santo o maior exportador
de mamão papaya do Brasil para
o exigente mercado americano.

Segundo o pesquisador do Instituto
Capixaba de Pesquisa, Assistência
Técnica e Extensão Rural (Incaper),
David Martins, com a implantação
desse novo sistema, o Brasil derrubou
a barreira que o impediu de exportar
mamão para os Estados Unidos, cravando
o Espírito Santo na primeira
colocação do ranking dos estados exportadores
da fruta, com 95% dessa
produção ao consumidor americano.


A tecnologia consiste no conjunto
de práticas utilizadas na produção,
colheita, embalagem e transporte
do mamão, que garante um produto
livre de doenças &ndash, como o
mosaico e a meleira, viroses que
atingem as lavouras de mamão &ndash,
que há 20 anos não há registros
de suas incidências na região.


Em consequência dos resultados
no campo com a aplicação da
tecnologia “Systems Approach ”, o
Estado, que possui uma média de
11 mil empregos diretos e indiretos
na cadeia produtiva do mamão
papaya, teve no último ano, um
aumento do preço do fruto em 20%.


Só em 2016, o Brasil exportou
US$43 milhões e, destes, o Espírito
Santo exportou US$16,8 milhões.
Isso representa 39% de toda a exportação
brasileira. Já para os Estados
Unidos, o Espírito Santo exportou
US$3,5 milhões (85%) dos US$4,2
milhões exportados para esse mercado.
O valor corresponde a 21% da
exportação de mamão do Estado.


“Já são mais de vinte anos da
prática segura na produção dos
mamoeiros, com resultados positivos
grandiosos para o país. De lá
pra cá, o Brasil já exportou cerca
de US$82,2 milhões da fruta para
os Estados Unidos, sendo 95%
exportados pelo Espírito Santo,
designado o maior exportador de
mamão do Brasil ”, declarou o pesquisador
do Incaper, David Martins.


Ele acrescentou ainda que o
sistema tem ampla base ecológica,
levando em consideração informações
biológicas, ecológicas e
fisiológicas da fruta, na aplicação de
boas práticas de pré e pós-colheita
no processamento do mamão.


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Engenheiro agrônomo José Roberto
Macedo Fontes é diretor-executivo
da Brapex, com sede em Linhares

Linhares, a pioneira nas
exportações do papaya

Conhecida como a capital nacional
da exportação de mamão e o principal
polo produtor de papaya do país,
Linhares, no norte do Estado, conta
com oito empresas exportadoras do
fruto e uma área de aproximadamente
7 mil hectares com o plantio de 13 milhões de pés de mamão.


A informação é do diretor-executivo
da Associação Brasileira dos
Produtores e Exportadores de Papaya
Brapex/Linhares), o engenheiro agrônomo
José Roberto Macedo Fontes.
Ele destacou ainda que a estimativa
da última safra no município girou
em torno de 6,9 mil toneladas de
papaya por mês, sendo que 35% desse
total foram destinados à exportação
para a Europa e Estados Unidos.


Linhares também foi o pioneiro
no Brasil em aplicar a prática do
Systems Approach ”, inicialmente
utilizado em junho de 1993 e, finalmente,
aprovado em março de 1998.
A partir daí, ocorreu então o primeiro
embarque de mamão brasileiro para
os Estados Unidos, em setembro de
1998, feito por uma empresa exportadora com sede no município.


Por ser pioneiro no plantio de
mamão destinado à exportação e
sede da Brapex, Linhares foi um
dos beneficiados pelo Plano de
Trabalho Operacional para o Programa
de Exportação de Mamão
do Brasil para os Estados Unidos.


Os estudos que serviram de base
para o desenvolvimento da tecnologia
“Systems Approach ” também
colaboraram para a efetivação desse
plano que atualiza normas e medidas
que permitem agilidade no
processo de exportação do mamão
brasileiro para os americanos.


Novas práticas

A principal alteração é quanto ao procedimento de inspeção do mamão
para exportação. A partir de agora,
técnicos habilitados pela Brapex são
quem realizam os procedimentos
necessários de inspeção de campo e
na etapa de higienização e embalagens da fruta, sendo auditados pelos
fiscais do Ministério da Agricultura
que, até então, faziam toda inspeção.


Maior exportador de papaya do
Espírito Santo, o empresário e produtor
Rodrigo Martins, proprietário
da UGBP Agrícola, com sede em Linhares,
ressalta a importância do uso
de novas tecnologias no processo de
produção do mamão tipo exportação.


“Essas práticas e a nova tecnologia
(Systems Approach) trouxeram maior
agilidade no processo de produção,
menor burocratização e, num futuro
muito próximo, aumento no volume de exportação, consequentemente,
reflexos econômicos diretos no
faturamento da empresa ” avaliou.


Rodrigo Martins é o maior
exportador de papaya do Estado
com 25 toneladas de mamão
vendidos
semanalmente para os eua

Empresa capixaba é a maior
exportadora de papaya para EUA

Localizada em Linhares, no Norte
do Estado, a UGBP Agrícola,
fundada em 2005 e com sede no
bairro Canivete, exporta 25 toneladas
de mamão papaya por semana
para o mercado americano, o que
representa 6% do volume total de
vendas da empresa para o exterior.


Com uma área própria de 250
hectares, onde estão plantados 460
mil pés de mamão, a empresa produz
390 toneladas do fruto por semana,
sendo 70 toneladas destinadas à
exportação para os Estados Unidos
25% para a América) e Europa. O
restante é distribuído no mercado
interno. A empresa ainda adquire
frutos de outros produtores da região.


O faturamento com a exportação
para os consumidores americanos é
de proximamente US$35 mil dólares
por semana (FOB – Free on Board,
em português pode ser traduzida
por “Livre a bordo ”. Neste tipo de
frete, o comprador assume todos os
riscos e custos com o transporte da
mercadoria), o que representa 15%
dos lucros com a venda do produto.


Outro fator relevante é quanto à
criação de oportunidades de empregos,
já que a UGBP gera 580 postos
de trabalhos diretos, sendo 280 no
Espírito Santo e outros 300 na filial,
localizada na região Nordeste do país.


De acordo com o empresário
Rodrigo Martins, a expectativa é de
que até o próximo mês de outubro,
um novo contrato com uma rede
americana possa alavancar ainda
mais as exportações. “Estamos em um processo final para fecharmos
contrato com uma grande rede com
sede nos Estados Unidos que nos
possibilitará dobrar a nossa exportação.
Já está tudo bem encaminhado
e a expectativa é de que as primeiras
vendas ocorram entre setembro e outubro ”, anunciou Martins.


O empresário lembra ainda que
vem fazendo investimentos pesados
no tratamento do fruto pós-colheita.
“Nosso objetivo é eliminar ao máximo
os resíduos químicos da fruta.
Isso é um apelo mundial. Estamosinvestindo em tecnologia à base
de gases e temperatura. Em breve,
uma nova linha de produção entrará
em operação e o processo será realizado através de tratamento com
produtos biológicos ”, explicou.


Análises laboratoriais são obrigatórias para garantir qualidade
do mamão exportado pelas empresas capixabas

Inscrições abertas para prêmio
de melhor produtor de mamão


PREMIA&Ccedil,&Atilde,O

1&ordm, lugar: R$ 2.000,00
e troféu personalizado
2&ordm, lugar: R$ 1.250
e troféu personalizado
3&ordm, lugar: R$ 750,00
e troféu personalizado


Com o objetivo de incentivar a
adoção de boas práticas agrícolas no
cultivo do mamão, a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de
Mamão (Brapex) lançou em Linhares, no norte do estado, a 5&ordf, edição do Prêmio Produtor do Ano que distribuirá
R$ 4 mil aos vencedores.


Os participantes do concurso terão que ser filiados à Brapex.
As inscrições terminam no dia
14 de agosto. O regulamento
completo pode ser acessado no
site www.brapex.net. A cerimônia
de premiação está prevista
para o dia 5 de setembro.


Segundo o diretor-executivo
da Brapex, José Roberto Macedo
Fontes, a entidade coordena a
premiação avaliando a qualidade da
fruta e os procedimentos adotados
pelos agricultores para obtenção
de um mamão com qualidade e
segurança para o consumidor.


De acordo com o diretor, além
de incentivar os produtores a
adotarem técnicas adequadas
na lavoura, a ação objetiva valorizar
todo o setor produtivo e
exportador. “Seguimos padrões
rigorosos, exigidos pelos mercados
consumidores e produzimos
uma fruta de qualidade e segura.
Precisamos reconhecer esse
trabalho
que é referência e estimular
ainda mais o segmento ”.


A produção de papaya no ES

– &Aacute,rea total de plantio
Do Estado: 7 mil hectares
( o que corresponde a 7 mil
campos de futebol)
– Total de plantas:13 milhões
de pés de mamão papaya

– Número de
produtores no ES : 180
– Geração de empregos
diretos e indiretos: 11
mil postos de trabalho
– Empresas exportadoras
no ES : 8
– Estimativa de safra em
2016: 13,1 toneladas por mês
– Exportação capixaba
em 2016: US $16,8 milhões (39%
de toda a exportação brasileira)
– Exportação capixaba
para os EUA : US $3,5 milhões
dos US $4,2 milhões exportados
para esse mercado. O
valor corresponde a 21% da
exportação de mamão do Estado
– Safra do papaya
no Brasil em 2016:
38 mil toneladas
– Exportação do Brasil
em 2016: Cerca de US $ 43
milhões para os Estados Unidos
Fonte: Brapex



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