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Com a experiência de quem já estudou rios e bacias hidrográficas em mais de 60 países, o professor e ambientalista Henrique Lobo faz um alerta: se não cuidarmos das nascentes dos afluentes do rio Doce no Espírito Santo, até 2030, em períodos de maior estiagem, esses cursos de água vão secar. O professor participou do Sustentabilidade Brasil, maior conferência do país sobre sustentabilidade e ESG, que está sendo realizado no Pavilhão de Carapina, com entrada franca.
O ambientalista, conhecido mundialmente por seus estudos de rios, ministrou a palestra “Os rios da Terra”, na qual traçou um panorama dos rios do globo terrestre e sua relação com as sociedades. “O rio Doce tem 16 afluentes, e nós temos que trabalhar com todos eles, sobretudo com cobertura dos topos de morros para recuperar as nascentes. O que nos assusta cada vez mais é a quantidade baixa de água do rio”, diz.
Henrique Lobo chamou atenção para o fato de que a Bacia Hidrográfica do Rio Doce é pobre em águas subterrâneas e que, por isso, o trabalho deve se concentrar na recuperação de nascentes. Ele citou como exemplo o caso de um produtor que não foi afetado pela seca de 2013, pois havia recuperado nascentes em sua propriedade, e pôde até ceder água a seus vizinhos.
O ambientalista também citou como bom exemplo o Instituto Terra, iniciativa de Sebastião Salgado e de Lélia Deluiz Wanick Salgado, em Aimorés (MG). Trata-se da recuperação de 608,69 hectares de Mata Atlântica da Fazenda Bulcão. Já foram plantadas quase 3 milhões de mudas de árvores no local.
Em sua palestra, Henrique Lobo destacou, ainda, o potencial hídrico do Brasil, ressaltando que o país concentra 25% dos rios do mudo. Por outro lado, ele explica, 75% desse volume se concentra na Amazônia, território pouco habitado, se comparado a outras regiões do Brasil.

Sustentabilidade Brasil
Com programação aberta ao público em geral até a quinta-feira (27), o Sustentabilidade Brasil é o primeiro encontro nacional após as chuvas que provocaram estragos no ES, em março deste ano, e dos eventos no Rio Grande do Sul. A conferência é aberta à comunidade em geral – estudantes, professores, curiosos sobre o tema, lideranças e autoridades – e a programação técnica do evento engloba, entre outros temas, mudanças climáticas, economia verde e transição energética.
O credenciamento para a conferência é pelo site https://sustentabilidadebrasil.com/evento/
Além da parte técnica, a programação vai contar com outras atrações, entre elas uma feira e desfiles de moda sustentável, oficinas de reutilização de peças, trilha sensorial dos desequilíbrios climáticos, recolhimento de tampinhas plásticas e metálicas, florestas vigiadas em tempo real, colchas produzidas com máscaras da época da Covid não usadas e até leitura de mão cigana. As ações abrangem o conceito Environmental, Social e Governance – ESG (em português, meio ambiente, social e governança corporativa).
O Sustentabilidade Brasil é realizado pelo Consórcio Brasil Verde. A correalização é do Convention e do Sindprom-ES. Os patrocinadores são: Vale, Cesan, Marca Ambiental, Suzano, Banestes, Caixa, Governo Federal e ArcelorMittal.




