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Produtores têm até março de 2018 para registrar granjas

Instrução Normativa federal amplia prazo para regularização e garante tolerância de mais seis meses para produtores telarem galpões

por Redação Conexão Safra

em 19/07/2017 às 0h00

8 min de leitura

Produtores têm até março de 2018 para registrar granjas

Caso a lei não seja cumprida, produtores ficarão
proibidos de realizar novos alojamentos de aves.

Proprietários de estabelecimentos
avícolas de postura comercial têm até
março de 2018 para registrarem as
unidades junto ao Instituto de Defesa
Agropecuária e Florestal do Espírito
Santo (Idaf). A Instrução Normativa
nº 08, da Secretaria de Defesa Agropecuária
do Ministério da Agricultura,
de 17 de fevereiro deste ano,
ampliou esse prazo e garantiu tolerância
de mais seis meses- a partir de
março- para o telamento dos galpões.


A nova legislação sanitária e
ambiental vale para granjas com
galpões californianos (a exigência
já valia para os automáticos). Caso
não seja cumprida, os produtores
ficam proibidos de realizar novos
alojamentos de aves. A medida é para
garantir a saúde dos plantéis diante
do avanço de doenças como a gripe
aviária. Em dezembro do ano passado,
um caso foi registrado no Chile.


“O Brasil é um grande exportador
de aves e ovos, e qualquer registro
de doença poderia nos prejudicar
no cenário econômico ”, alerta o
médico veterinário da Coopeavi,
Tarcísio Simões Pereira Agostinho.


Segundo Tarcísio, o processo para
registro das granjas começou há dez
anos em todo o Brasil com a IN nº
56. O objetivo é a adequação dos
galpões avícolas, com controle mais rígido para evitar doenças. Depois
da criação da lei, foram criadas
outras instruções normativas complementares,
dando novos prazos
para os produtores. No entanto,
poucas granjas se registraram.


Com a pressão maior devido à
iminência de doenças nos planteis de
postura comercial, foi necessário ampliar
os prazos depois da data limite,
que era o ano de 2012. De acordo
com o veterinário, todas as granjas capixabas,
seja de pequenos ou grandes
produtores, estão se regularizando.


TELAMENTO

Entre as exigências previstas pela
IN nº 08 está a instalação de tela de,
no máximo, uma polegada para evitar
a entrada de pássaros no galpão. Com
o telamento, o acesso de pessoas e
veículos deverá seguir um protocolo.
Segundo Tarcísio, a propriedade
deverá registrar os acessos e passar os
veículos pelo processo de desinfecção.


O veterinário dá dicas de como
economizar no telamento das granjas,
sem deixar de cumprir as exigências
da nova legislação. Ele afirma que
existem no mercado telas de nylon e
polietileno, no lugar das tradicionais
de arame, que são mais leves e flexíveis
e facilitam a remoção quando
os produtores manusearem esterco.


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LEVANTAMENTO

A Associação dos Avicultores do
Estado do Espírito Santo (Aves)
convocou todos os associados para
se adequarem dentro do prazo da
IN nº8. A entidade contratou uma
médica veterinária para fazer um
levantamento de todas as unidades
de Referência Tecnológica (URTs).


A veterinária Carolina Covre
informa que, para esclarecer os associados,
a Aves produziu uma cartilha
contendo instruções e sugestões.
“O material é didático, vem com
ilustrações, e orienta os avicultores a
adequarem às legislações sanitárias e
ambientais conforme sua realidade. ”


Berger: adaptação de galpões à nova legislação e propostas conforme sua realidade.

Galpão vira modelo para outros
avicultores no Espírito Santo

A granja do avicultor Solimar
Berger, de Santa Maria de Jetibá,
na região serrana, é considerada
modelo para outros proprietários
de estabelecimentos avícolas de
postura comercial no cumprimento à legislação da Secretaria de Defesa
Agropecuária do Ministério da
Agricultura. Ele é sócio da Cooperativa
Agropecuária Centro-Serrana
(Coopeavi), uma das parceiras nacionais
do projeto Boas Práticas de
Produção na Postural Comercial (BPP
Ovos), da Embrapa Suíno e Aves.


O líder do projeto, João Dionísio
Henn, destaca a iniciativa do
avicultor, uma vez que o galpão se
encontra em um terreno com diversos
desafios: a área fica próxima
à estrada principal da localidade, é
muito declivosa e com pouco espaço
Apesar disso, Berger já conseguiu
implementar diversos procedimentos
na granja, que comporta
9.000 poedeiras. Como exemplos,
o controle de roedores e visitantes,
a destinação adequada de animais
mortos por meio de compostagem, além da gestão da qualidade da água e
higiene e limpeza rotineiras no galpão.


Além disso, o avicultor iniciou a
construção da cerca de isolamento,
o arco de desinfecção de veículos
e a nova composteira para aves
mortas. Após a saída do lote de
poedeiras atual, o cooperado vai
telar todo o aviário com tela de até
uma polegada, conforme exige a
IN. A inovação fica também por
conta do novo depósito de ovos.


“A granja de Solimar Berger
está mostrando ser pernos
feitamente possível adequar
uma granja às exigências da
legislação vigente, melhorar
processos e obter melhor qualidade
do ovo ”, ressalta Henn.


O avicultor prevê mais alguns
dias para o aviário estar totalmente
em conformidade com a
IN nº 8 e receber novo lote de
aves. “São muitas exigências, mas
estou sendo orientado pela cooperativa
e também propondo
outras iniciativas de acordo com
minha realidade ”, destaca Berger.

“A granja de Solimar Berger está
mostrando ser perfeitamente possível
adequar uma granja às exigências
da legislação vigente, melhorar
processos e obter melhor
qualidade do ovo ”
(João Dionísio Henn -BPP Ovos)


As etapas do concurso compreendem as avaliações visuais classificatória,
interna e da qualidade externa dos ovos, além da Máquina Digital Egg Tester.

Concursos de qualidade
de ovo vão agitar 4ª Favesu

A Associação dos Avicultores do
Estado do Espírito Santo (Aves) e
Coopeavi trazem até a 4ª Feira
Avicultura e Suinocultura Capixaba
(4ª Favesu) o 1º Concurso
Qualidade de Ovos Capixaba
o 3º Concurso de Qualidade
Ovos Coopeavi. Os resultados
serão anunciados durante a feira,
pernos
dias 22 e 23 deste mês, no
Centro de Eventos Padre Cleto
Caliman, o “Polentão ”, em Venda
Nova do Imigrante, região serrana.


Os concursos têm como objetivo
o incentivo à qualidade do ovo
capixaba e sua promoção, estimulando
a melhoria dos processos
produtivos por parte do avicultor,
proporcionando ao consumidor
um produto de qualidade superior
e que atenda a todas as exigências
do mercado. O desenvolvimento
desses aspectos revela ainda a segurança
alimentar que existe em torno
da atividade, além de oportunizar
a quebra de mitos e informações
errôneas acerca do alimento.


O 1º Concurso de Qualidade de
Ovos Capixaba é aberto aos avicultores
associados à Aves e que possuam o
serviço de inspeção oficial (SIM, SIE,
SIF ou SISBI). Já no 3º Concurso
de Qualidade de Ovos Coopeavi,
participam sócios da cooperativa.


A análise das amostras ocorrerá no
próximo dia 22, a partir das 8 horas,
com término previsto para as 12
horas. Tal análise será realizada por
uma Comissão Julgadora composta
por profissionais ligados à avicultura
de postura comercial, provenientes do
setor privado e do serviço público.


AVALIAÇÃO

A coordenação dos concursos
ficará a cargo da empresa Qualyprev
Consultoria. A Comissão Organizadora
será responsável pelo fluxo
dos ovos após o recebimento das
amostras. Cada produtor poderá
participar com uma bandeja de
ovos provenientes de linhagens
comerciais utilizadas pelos avicultores,
sendo do “Grupo Branco ”.


No 1º Concurso de Qualidade
Ovos Capixaba, os produtores devem colher os ovos e levá-los até
sede da Aves, em Marechal Floriano,
ou o entreposto de ovos da
Coopeavi em Santa Maria de Jetibá.
Após serem identificadas, as amostras
serão armazenadas e, no dia seguinte,
levadas até o local do evento.


Já os participantes do 3° Concurso
Qualidade de Ovos Coopeavi
receberão a visita dos técnicos da
cooperativa em suas propriedades.
Eles irão assistir a coleta dos
ovos até serem levados ao entreposto,
identificados por código,
armazenados e encaminhados no
seguinte até Venda Nova.


As etapas do concurso compreendem
as avaliações visuais classificatória,
interna e da qualidade
externa dos ovos, além da Máquina
Digital Egg Tester. O aparelho
detecta a resistência e a espessura
da casca, a cor da gema e a qualidade
do albúmen (clara do ovo).


Ao final da apuração, será
emitida uma nota oficial com
a pontuação e classificação das
amostras avaliadas. O resultado
será divulgado às 16 horas do dia
23 (sexta-feira), no auditório principal
da Favesu, no “Polentão ”.


Fábio Fösch, de Santa Maria (3º da esquerda para direita) venceu o concurso em 2016.

PREMIAÇÃO

Os três primeiros colocados no 1º Concurso de Qualidade de
Ovos Capixaba receberão como
premiação troféus alusivos à competição
com a devida colocação. O
vencedor terá o direito de utilizar
um selo em suas embalagens de
ovos atestando sua vitória no concurso.
Já os três primeiros colocados
do 3° Concurso de Qualidade de
Ovos Coopeavi receberão uma
premiação em dinheiro, sendo o
1º lugar R$ 2.000,00, 2º lugar R$
1.500,00 e 3º lugar R$ 500,00.


O ovo é o segundo alimento mais
completo que existe. De acordo
com o Instituto Ovos Brasil (IOB),
pesquisas apontam que o alimento
é rico em proteínas de alta qualidade,
responsáveis pelo crescimento
e desenvolvimento, produção de
hormônios, transporte de nutrientes
e aumento da saciedade. “O concurso
será uma oportunidade para difundirmos
a qualidade do ovo capixaba
e levar a correta informação da
importância desse produto na alimentação
humana ”, enfatiza o diretor-executivo da Aves, Nélio Hand.


O Brasil é um grande produtor de
ovos, sendo o Estado do Espírito Santo
responsável por cerca de 10% da produção
nacional, o que o torna o terceiro
maior produtor do país, atrás apenas
de São Paulo e Minas Gerais. O município
de Santa Maria de Jetibá produz
atualmente 95% do ovo capixaba, e
é o segundo brasileiro em produção,
atrás apenas da cidade de Bastos (SP).

(Fonte: AVES e Coopeavi)


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