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Produção de café na área da Cooxupé deverá ser 30% menor com clima e broca

por Redação Conexão Safra

em 18/08/2017 às 0h00

3 min de leitura

A produção de café na região de atuação da Cooxupé deverá ser 30 por cento menor neste ano ante 2016, em razão das chuvas aquém do ideal durante a fase de granação e também por causa da infestação por broca, que afetaram a produtividade média, afirmou o superintendente comercial da cooperativa, Lúcio Araújo Dias.


À medida que a colheita caminha para o seu final, Dias disse que a produção na área da maior cooperativa de cafeicultores do Brasil, com sede em Guaxupé (MG), deverá atingir 14 milhões de sacas de 60 kg, 3 milhões de sacas abaixo do esperado anteriormente –o número inclui lavouras de cooperados e não cooperados.


A menor produção na área da cooperativa, que atua nas regiões do Sul de Minas, Cerrado e norte de São Paulo, e que representa 30 por cento da safra brasileira oficialmente estimada de 45,6 milhões de sacas, sinaliza dificuldades ainda maiores para exportadores e indústrias, uma vez que o Brasil começou a safra atual com estoques historicamente baixos.


Os embarques de café do Brasil têm sido baixos nos últimos meses, com o mercado apontando para grãos menores e um menor volume de produto de alta qualidade. As exportações do grão em julho foram as menores em mais de dez anos, segundo dados do governo.

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De acordo com o superintendente comercial da Cooxupé, anteriormente a cooperativa esperava uma queda menor ante a temporada passada, de 15 por cento, uma vez que esta safra é negativa no ciclo bianual do arábica.


“”Tivemos períodos sem chuvas ou com chuvas muito fracas no final de dezembro e em janeiro e fevereiro. Depois veio a broca, Então, a produtividade foi mais baixa e houve perda de produção mesmo””, comentou Dias.


As novas previsões da Cooxupé ocorrem em um momento em que a colheita da safra brasileira 2017/18 se aproxima do fim, com 91 por cento do total colhido até 15 de agosto, segundo monitoramento da Safras & Mercado.


Já os cooperados da Cooxupé haviam colhido 87,96 por cento do total até 12 de agosto, ante 82,11 por cento um ano antes.


O fato é que a produção menor também se refletirá sobre as entregas de café à cooperativa, de acordo com Dias.


A Cooxupé esperava receber em torno de 5,6 milhões de sacas de café neste ciclo, mas o volume deve ficar entre 4,8 milhões e 4,9 milhões de sacas, projetou o superintende comercial.


No ano passado, os recebimentos da cooperativa somaram 6,28 milhões de sacas.


“”O principal motivo é que gastamos muito café verde para dar uma saca de café beneficiado. A granação foi muito ruim, então o café ficou menos denso, menos pesado. Além disso tivemos um ataque de broca muito persistente neste ano””, resumiu Dias.


O ataque por broca é o pior da história recente e deve-se à proibição de um pesticida usado há 40 anos.


Fonte: https://www.noticiasagricolas.com.br/

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