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A ampliação do acesso à saúde para famílias rurais ganhou um novo impulso com o acordo firmado entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e o Hospital Israelita Albert Einstein. A parceria, assinada nesta segunda-feira (24), em São Paulo, busca integrar atendimento especializado, tecnologia e telemedicina para fortalecer a prevenção e melhorar o cuidado contínuo no campo.
O contrato foi assinado pelo presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, e pelo diretor-geral do Senar, Daniel Carrara, em cerimônia realizada na unidade Morumbi do Einstein. A iniciativa estrutura e amplia o Programa Saúde no Campo, lançado em maio, com o objetivo de organizar de forma unificada ações já existentes e ampliar o alcance dos serviços prestados à população rural atendida pela Assistência Técnica e Gerencial (ATeG).
A meta é atender 100 mil produtores, familiares e trabalhadores rurais até 2026, em todas as regiões do país. Segundo João Martins, a experiência acumulada durante a pandemia mostrou o potencial da telemedicina para reduzir desigualdades de acesso. “Realizamos 100 mil atendimentos apenas no Nordeste. Ver esse projeto avançando é a realização de um sonho que queremos levar para todo o Brasil”, afirmou.
Com base em soluções tecnológicas integradas, o programa vai ampliar o atendimento remoto em clínica médica, pediatria e psicologia, além de apoiar o trabalho de técnicos de campo. Um dos pilares será a implantação de uma plataforma eletrônica unificada, que permitirá registrar dados de saúde, mapear riscos e orientar ações preventivas com maior precisão.
Daniel Carrara destaca que a iniciativa deve alcançar, já em 2026, 45 mil propriedades rurais — cerca de 10% da chamada classe média rural. “Teremos 1.500 técnicos atuando com planejamento, prevenção e educação para a saúde, agora com suporte técnico e capacitação do Einstein. Esse é um dos maiores legados do programa”, disse.
A executiva do Einstein, Deise de Almeida, ressalta que a distância entre áreas rurais e centros urbanos segue como um dos principais obstáculos ao atendimento especializado. “A proposta é usar a telessaúde para ampliar esse acesso e apoiar equipes locais no monitoramento de doenças e na prevenção, contribuindo para reduzir desigualdades”, destacou.
Sete polos em São Paulo
No estado de São Paulo, o projeto começa com a instalação de sete polos de saúde nos municípios de Cardoso, Batatais, Penápolis, Guaratinguetá, Caiuá, Capão Bonito e Mineiros do Tietê. Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Tirso Meirelles, a iniciativa amplia direitos básicos e gera permanência no campo. Ao lado do superintendente do Senar-SP, Mario Biral, e do diretor médico do Sistema Faesp/Senar, Roberto Duarte, ele reforçou o impacto econômico e social da medida.
“Além de melhorar a qualidade de vida, a telemedicina reduz afastamentos do trabalho, melhora a produtividade e fortalece a permanência das famílias rurais, ao aproximar o atendimento especializado da realidade do produtor”, afirmou Meirelles.




