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Nestlé pede importação de café verde da Etiópia no Brasil

No último dia 19 a questão da importação de café verde no Brasil...

por Redação Conexão Safra

em 01/12/2015 às 0h00

2 min de leitura

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No último dia 19 a questão da importação de café verde no Brasil teve mais um capítulo. Evair Vieira de Melo, deputado Federal (PV/ES), tornou público o pedido da suíça Nestlé para que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) avaliasse a entrada de café verde vindo da Etiópia. “O pedido é de análise fitossanitária e foi confirmado a mim por Décio Coutinho, secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SDA/Mapa) ”, afirmou o deputado em entrevista exclusiva, nesta quinta-feira (26/11).

Na mesma data o parlamentar enviou um pedido à ministra da pasta, senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), para arquivar a solicitação da empresa e desconsiderar todas as outras que chegarem ao Ministério tratando sobre o mesmo assunto.

Além de futuros problemas com pragas, Melo ressalta que produtores temem as consequências econômicas que a abertura desse mercado pode trazer ao setor nacional. “As bases tecnológicas e de legislação trabalhista são muito aquém nos outros países. O Brasil investiu muito e se sair a autorização, acredito que de imediato pode haver queda de até 20% do preço pago ao produtor, como reação do mercado especulador ”, explica o deputado.

Procurada, a Nestlé enviou a seguinte nota ao CaféPoint:

“O pedido de autorização para importação do café verde da Etiópia é pleiteado por representantes da indústria brasileira desde 2008. Para a Nestlé, o objetivo é o de viabilizar a composição de blends e atender à demanda existente no mercado interno, bem como dos mercados aos quais os seus produtos são e serão exportados.

Em conjunto com o projeto da fábrica de cápsulas NESCAFÉ®, Dolce Gusto®,, que será inaugurada no próximo mês em Montes Claros (MG), a companhia vem investindo de forma consistente em pesquisa e já identificou fornecedores nacionais de café conilon e arábica com perfis sensoriais compatíveis com o blend de alguns dos principais produtos do portfólio. Com isso, a fábrica inicia suas operações utilizando 100% de café brasileiro.

A empresa vem trabalhando com seus fornecedores e também no desenvolvimento de talentos técnicos para atuação em pesquisa e no campo para continuar buscando variedades locais compatíveis com o perfil sensorial do café da Etiópia. Dessa forma, o planejamento é que a importação seja feita em caráter temporário. ”

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